O jornalista Guilherme Jacques colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço.

Comprado em fevereiro deste ano, o Hotel Bassani, que por 95 anos funcionou na Avenida Beira-Mar, em Capão da Canoa, já não existe mais. Sua estrutura começou a ser demolida neste mês, o que tem chamado atenção de moradores da cidade. Máquinas ainda finalizam os trabalhos. A próxima etapa será cercar o terreno com tapumes, diz Cristiano Caetano, CEO da Dallasanta, uma das compradoras do imóvel. 

— Não sabemos se faremos hotel ou um residencial junto. Está sendo estudado. Contratamos pesquisa e estamos falando com o mercado imobiliário da cidade. Não tem como dizer ainda se os apartamento serão pequenos ou grandes — afirma o empresário. — O plano diretor da cidade já satisfaz o que pretendemos fazer lá — completa. 

Além da Dallasanta, o terreno pertence também à Nazale Incorporadora e Construtora, com sede em Capão da Canoa. As empresas ainda avaliam se elas mesmas farão a construção do empreendimento ou se envolverão uma terceira parte. Como o projeto ainda está em desenvolvimento, não há imagens de como ficará a obra. 

O hotel ocupava toda a quadra formada pela Avenida Beira-Mar com as ruas Moema, Tupirama e Maranguaba. No total, a área tem 3,2 mil metros quadrados e fica de frente para o mar. A intenção das empresas é de entrar com o pedido de licenças na prefeitura até o final do ano. 

Como estava o hotel antes da demolição: 

História do Bassani

O hotel foi inaugurado na Rua Moema, por Luiz e Emília Bassani, em uma estrutura de madeira. A primeira intervenção ocorreu na década de 1950. O terreno em volta do prédio já era do fundador. As ampliações foram ocorrendo de acordo com o sucesso do empreendimento, que fica próximo do mar de Capão da Canoa. A última mudança foi na década de 1970. 

Antes de fechar, o prédio contava com três andares e 118 quartos. Cezar Bassani administrou o negócio por 50 anos. Ele faleceu em 2020, quando assumiu sua filha, Lissandra Bassani. Os itens do hotel, como camas, televisões e talheres, foram vendidos para pousadas e restaurantes da região ou doados. 

O espaço era conhecido por ser a base do Garota Verão, principal concurso de beleza do Estado. O evento acontecia em frente ao estabelecimento. O hotel foi o ponto de preparação para o concurso em todas as edições, de 1986 a 2015. O empreendimento funcionou por 95 anos até o encerramento das atividades. A família Bassani não informou o valor total da venda. Cada um dos 13 herdeiros negociou a cota separadamente. 

* Colaborou Guilherme Gonçalves

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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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