Seja bloqueio ou contingenciamento, reversível ou não, todos os ministérios sentirão o corte de gastos que será detalhado pelo decreto do governo federal a ser publicado em edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta terça-feira (30). O impacto linear nas pastas foi confirmado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Questionado pela coluna, ele confirmou a cifra de R$ 15 bilhões.
A medida é essencial neste momento, pois está acontecendo a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que começou hoje e termina amanhã, quando sai a decisão e o comunicado sobre o andamento da política monetária. A alta do dólar e outras pressões inflacionárias chegam a provocar o debate sobre uma retomada da elevação do juro, o que preocupa bastante a economia, que, até pouco tempo atrás, contava com uma redução da taxa Selic a um dígito, mas parou em 10,5%. A responsabilidade do governo federal com as contas públicas — o que inclui o corte de gastos — dá um colchão para o Banco Central não aumentar o juro.
Reconstrução do RS
As medidas pós-enchente do Rio Grande do Sul não sentirão o corte de gastos, garantiu o ministro Rui Costa à coluna. O recurso para cá tem caráter extraordinário e não entra no orçamento dos ministérios que sofrerão cortes.
Ouça a entrevista na íntegra:
É assinante mas ainda não recebe a carta semanal exclusiva da Giane Guerra? Clique aqui e se inscreva.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna