No mês da enchente, a taxa de inadimplência dos gaúchos caiu a 36,98%. Após vários recordes, o índice de adultos com contas atrasadas no Rio Grande do Sul passou a ser o segundo menor do país, atrás apenas do Piauí. Mas não se engane. Isso ocorreu porque as empresas suspenderam a negativação de consumidores, alertou o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, em entrevista ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha.
Existe também o esforço do consumidor para limpar o nome e ter acesso a crédito novo para compras. As pessoas querem repor o que perderam, de eletrodomésticos a móveis e material de construção.
Confira a entrevista:
Por que a inadimplência caiu em um mês tão difícil para os gaúchos?
Foi o que aconteceu na pandemia. Birôs de crédito, como a Serasa, suspenderam as negativações. Não entraram novos inadimplentes na lista. Então, só houve o fluxo de saída dos gaúchos que conseguiram pagar ou renegociar dívidas em atraso. Foi o caso de 255 mil consumidores do Rio Grande do Sul, com uma queda de quase 7%. Passadas as contas de início de ano, maio já costuma ter queda de inadimplência, como ocorreu no país todo.
E teremos um repique?
Quando terminar a suspensão, teremos um efeito inverso, com uma grande entrada de consumidores na lista de inadimplência. Os birôs estão dando mais tempo para os gaúchos renegociarem suas dívidas sem ter o nome sujo.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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