Chega a R$ 30 milhões a economia na conta de luz contabilizada pelo Hospital Moinhos de Vento desde que começou a apostar em energias limpas, há oito anos. A estratégia inclui placas solares no telhado dos estacionamentos da unidade de Porto Alegre e compra de energia no mercado livre.
Recentemente, a instituição concluiu a instalação dos sistemas fotovoltáicos. Isso fez com que 100% do seu consumo seja de origem renovável. Os painéis solares abastecem o próprio e imóveis do grupo nas redondezas.
Já o hospital é abastecido pela energia comprada no mercado livre, onde é possível negociar preço, quantia, prazos e, inclusive, exigir que seja de fontes limpas. É diferente do tradicional, no qual as tarifas são definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a partir dos pedidos das distribuidoras.
Segundo o CEO Mohamed Parrini, o cálculo da economia já considera o que foi investido ao analisar o gasto que deixou de ter com a conta de luz no modelo antigo. O valor é usado para investir, e um dos beneficiários tem sido o Hospital da Restinga.
— A economia virou investimento. Somos uma instituição filantrópica, precisamos ter autossuficiência financeira e investir R$ 85 milhões por ano na área social - diz.
- O investimento nessa planta fotovoltaica de baixa tensão se pagará em cinco anos - detalha o superintendente Evandro Moraes, se referindo ao sistema com as placas solares.
A próxima meta é chegar a emissão zero de carbono em 2027:
— Temos árvores plantadas para crianças que nascem aqui, horta que produz para o refeitório, projeto de reciclagem que transforma tudo em insumos - cita.
Atualmente, o Moinhos tem 5 mil funcionários. Cerca de 400 foram atingidos pela enchente, e parte deles foi acolhida nas instalações do próprio hospital.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna