Os motivos que levam à queda no movimento do turismo na Região das Hortênsias não se restringem a preço, argumentou à coluna o presidente da Associação de Parques e Atrações da Serra Gaúcha (Apasg), Renato Fensterseifer Junior. O empresário, que é CEO do Alpen Park, lista entraves de infraestrutura, da falta de um aeroporto mais próximo até problemas em estradas para acessar os municípios, principalmente Gramado e Canela. Também cita a falta de moradia e serviços de saúde e educação para os trabalhadores atraídos pelos empregos gerados pelos empreendimentos.
Em relação à reclamação dos gaúchos quanto aos preços, Fensterseifer, ao falar dos parques especificamente, diz que as estruturas exigem investimento constante e equipes, especialmente de segurança, que precisam ser mantidas mesmo em baixa temporada.
— É uma operação complexa. Ter produto bom e serviço de qualidade exige investimento e sai caro — comenta.
Ainda assim, entende que as manifestações dos turistas precisam ser analisadas e o modelo de turismo da região tem que ser debatido:
— É uma discussão necessária e importante. Qual a solução? Até onde interferir? Não se pode determinar os preços que as empresas vão cobrar, pois têm seus custos — reflete.
O presidente da Apasg acredita que há produtos e serviços para todos os bolsos de turistas. Pondera, então, que uma solução seria mostrar mais isso.
Procurada por empresários da Região das Hortênsias preocupados com a baixa no movimento e nas reservas em hotéis, a coluna voltou a tratar do assunto nesta semana:
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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