Prestes a completar 100 anos, a indústria Mercur, de Santa Cruz do Sul, está fazendo um investimento de R$ 15 milhões dentro da sua estratégia de diminuir importações, que caíram de 22% para 17% do faturamento em quatro anos. Agora, a empresa comprou novas máquinas da Europa, mas a ideia é, com elas, fabricar mais produtos aqui, na sua unidade industrial de Santa Cruz do Sul.
Facilitador de direção (a empresa eliminou cargos tradicionais na hierarquia corporativa) e acionista da terceira geração da Mercur, Jorge Hoelzel Neto conta que serão produzidos itens "costurados", como são conhecidos. Com isso, joelheiras, munhequeiras, cotoveleiras deixarão de ser comprados do Exterior. Outros lançamentos são bengalas, muletas e andadores.
- São da linha de saúde. Os de educação deixamos para perto do início de aulas. Também vamos importar alguns produtos novos para testar o mercado e, talvez, fabricá-los aqui - diz o empresário.
A Mercur é a empresa que a coluna conheceu até hoje que foi mais radical nas mudanças que adotou para que o negócio se alinhasse ao seu propósito de futuro. Além de substituir importações e deixar de ter cargos de chefia, parou de usar personagens infantis nos materiais escolares, de fornecer à indústria do fumo e passou a ter foco em produtos voltados à educação e à saúde criados junto com clientes para entender as suas necessidades.
Logo novo
Para marcar o centenário, a logo da Mercur também está mudando pela primeira vez desde 2007. O nome da empresa ficará em caixa baixa e as cores serão alteradas. O conhecido desenho do deus Mercúrio foi mantido.
- Fica mais leve, mais comunicativa. A caixa alta é meio impositiva. Em vez de cores escuras, trouxemos o azul de volta, que reflete o início da Mercur, em 1924. Os fundadores gostavam muito da cor. Também tem o verde, que é a cor da saúde - explica Jorge Hoelzel Neto.
A marca foi desenvolvida pela Kreativ e o financiamento foi do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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