O banco da favela, como o próprio F Bank tem se chamado, espera obter em até 60 dias a autorização para operar. Os pedidos ainda serão encaminhados. Isso ocorrendo, o lançamento será em setembro. A previsão foi dada pelo CEO da Favela Holding e fundador da Central Única de Favelas (CUFA), Celso Athayde ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, durante sua participação no South Summit. O setor bancário tem uma forte fiscalização no país, especialmente pelo Banco Central. O F Bank opera com um piloto há um ano.
Athayde está criando o banco em parceria com o empresário gaúcho José Renato Hopf, fundador da Getnet, presidente do South Summit Brasil e do Grupo Four (antiga 4all). BTG e Banco Pan farão aportes financeiros no projeto, condicionados às liberações. A estimativa é de que o banco precise de R$ 70 milhões para funcionar nos primeiros três anos.
A ideia é que o banco da favela ofereça crédito, como as demais instituições. Isso ocorrerá por meio de parcerias, diz Athayde, que garante que as taxas serão mais do que "menos agressivas", serão as menores do mercado.
— Se for para ter um banco igual aos outros, cobrando das pessoas taxa de mercado, eu não preciso disso. Nós teremos as menores taxas, fiz uma relação diferenciada com esse público — enfatiza.
Dudu Nobre e Zeca Pagodinho são citados por Celso Athayde como artistas que emprestarão sua imagem ao banco. O mercado é grande. O Brasil ainda tem um nível alto de desbancarização, ou seja, consumidores sem conta em banco.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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