Além da força-tarefa para recolher os fios abandonados pelas operadoras de telecomunicações nos postes de Porto Alegre, ainda haverá uma via-crúcis para destiná-los corretamente. As duas toneladas — retiradas de apenas 10 vias, por enquanto — serão coletadas nesta semana pela Trade Brasil Recicle, de Cachoeirinha, sem custo para a prefeitura da Capital. Na unidade da empresa, será feita a triagem, já que há vários tipos de fios, com materiais diferentes.
Depois disso, o material será vendido para outra empresa, a Ecomet Metais Sustentáveis, também da cidade da Região Metropolitana. Os fios são avaliados e, depois, triturados. O comprador Rafael Patricio explica que é preciso separar cada tipo de matéria-prima.
— Tem alumínio, ferro, cobre, borracha... Para repassar, é preciso estar tudo separado — explica.
O material, depois de todo esse processo, é vendido para indústrias. O preço dependerá da triagem.
— Alumínio, por exemplo, vale um quarto do preço do cobre - acrescenta Patricio, que enfatiza a importância da certificação de procedência de todo o material, já que o setor enfrenta o desafio da informalidade, provocada em grande parte pelo furto de fio.
A força-tarefa da prefeitura de Porto Alegre prossegue. Há a participação da CEEE Equatorial, que é dona dos postes e aluga para operadoras de telefonia e internet.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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