O jornalista Paulo Rocha colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Conhecido pelos bares e restaurantes, o bairro Rio Branco tem diversos pontos com falta de luz desde a tempestade que atingiu a Capital na terça-feira (16). Muitos negócios enfrentam dificuldades para reabrir, com desabastecimento e perdas no estoque.
O dono de um restaurante de sushi na Rua Cabral disse ter perdido 250 quilos de salmão com os freezers desligados. Enquanto isso, o empresário Mateus Brancher, dono do minimercado Armazém 166, guardou parte dos produtos em um caminhão refrigerado.
— Fazemos o que dá. É nosso segundo dia seguido sem luz. Precisamos reabrir para vender — lamenta.
Em frente ao mercado, uma árvore derrubou um poste de luz que levava energia para moradias e lojas da região. Um dos impactados é Alexsander Imhoff, dono do bar Miau da Cabral. Enquanto falava por telefone com a coluna, o empresário foi a uma loja comprar um gerador para religar os aparelhos do restaurante.
— Tive que encher meus freezers de gelo, espero que dure até amanhã.
Na Rua São Manoel, o empresário Matheus Fermann, dono dos restaurantes Chica Parrilla y Bar, Armazém Box 18 e Marujo, alugou um gerador para salvar produtos que estão em dois refrigeradores — no total, os três restaurantes têm 30.
— Vamos ter que ficar fechados, a rua está bloqueada. Mal tem acesso aos restaurantes. Estamos ferrados — diz.
As reclamações também vêm do Bom Fim, bairro que fica ao lado. Repleto de árvores, o bairro está com galhos e até árvores inteiras caídas nas calçadas.
Ao contrário do Rio Branco, a maioria dos negócios da região com quem a coluna conversou já estão com luz novamente. No entanto, o vice-presidente da Associação dos Amigos do Bairro Bom Fim, Milton Gerson, diz que a queda de luz no bairro acontece com frequência, não apenas em eventos climáticos como o desta semana.
Em nota, a Secretaria de Serviços Urbanos (SMSUrb), que faz a limpeza de árvores caídas desde quarta-feira (17), diz que "jamais executa o manejo em vegetais em contato com a rede elétrica sem o apoio da CEEE Equatorial". Acrescenta que a concessionária tem autorização da prefeitura para "fazer manejo arbóreo na cidade, justamente para melhorar o fornecimento de energia". A coluna procurou a CEEE Equatorial e ainda aguarda retorno da empresa.
Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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