O jornalista Paulo Rocha colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Frigorífico com sede em Miraguaí, no norte do Rio Grande do Sul, a Mais Frango contabiliza até o momento cerca de 500 demissões em razão de um incêndio registrado em 17 de dezembro. O número ainda deve aumentar, afetando até 750 postos. Um quinto dos desligamentos até agora é de profissionais ainda sob contratos temporários que não foram renovados. Cerca de 95% do parque fabril foi atingido pelas chamas.
Na última semana, dirigentes do frigoríficos estiveram no Rio de Janeiro para audiência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O socorro à empresa mobiliza a região, já que a Mais Frango gera cerca de 1,3 mil empregos diretos. É a principal criadora de postos de trabalho em Miraguaí e no entorno.
— O que nos tranquiliza é que temos quatro ou cinco empresas de abates de suínos e aves que estão tentando absorver esses trabalhadores — explica Raimundo Hett, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação.
A coluna conversou com dirigentes da empresa. A direção diz ainda não saber quanto precisará de dinheiro e afirma que foco é "reconstruir a unidade". A ida para o Rio de Janeiro serviu para esclarecer dirigentes e técnicos do BNDES sobre a importância da empresa, que vai buscar ajuda do banco. A liberação de recursos depende de análise técnica por parte do BNDES, que engloba cadastro, limites de crédito e garantias.
A reunião foi articulada pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. Juntos da direção da empresa, participaram também o deputado estadual Adão Pretto Filho, o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Profissional do RS, Gilmar Sossella, trabalhadores do frigorífico e representantes da Associação dos Municípios da Região Celeiro.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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