Não há garantias, mas há medidas que poderão aliviar para alguns consumidores ao menos a disparada no preço das passagens aéreas. No primeiro ano de recuperação dos viajantes após o baque da pandemia no setor, as companhias retomam suas margens de lucro. No Rio Grande do Sul, a demanda por voos cresceu 17%, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), enquanto a oferta de assentos aumentou 16%
Embora contestada pelo setor, a pesquisa do IBGE para calcular a inflação oficial do país apontou um salto de 79,92% na média de valores nos últimos 12 meses em voos domésticos com saída e retorno a Porto Alegre. Na média nacional, o aumento foi menor, mas ainda alto, de 48%.
— Sim, as empresas têm conversado com o governo federal para encontrar medidas que possam contribuir. É a ampliação da oferta, com mais aeronaves, que vai ajudar a ter preços mais competitivos — disse a presidente da Abear, Jurema Monteiro, ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
A primeira ação citada pela executiva é o programa chamado Voa Brasil, que deve ser lançado em breve pelo governo federal para beneficiar o passageiro que nunca voou ou não voa há anos. O compromisso é ter tarifas de até R$ 200 para quem consegue se programar com antecedência.
— O brasileiro ainda voa muito pouco. Temos uma média de 0,5 viagem por habitante. No Chile, ao lado, fica em 1,8. Temos espaço para crescer — acrescenta Jurema.
O segundo compromisso que as companhias aéreas garantem já está sendo colocando em prática é ter garantido até 35 milhões de assentos por até R$ 799 para compras com 14 ou 21 dias de antecedência do embarque. Segundo a Abear, é um volume considerável de tarifas do que chama de faixa intermediária. Já o terceiro plano é voltado aos passageiros que não podem se programar com antecedência e pagam de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil ou mais pelas passagens. Sem redução no valor, as empresas prometem outros benefícios na viagem, como transporte da bagagem em todas as tarifas acima desse valor.
A conferir nos próximos meses se os indicadores de preços apontarão alívio no bolso do passageiro.
Colaborou Kyane Sutelo.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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