Motivo de indignação e protestos de empresários e políticos, o reajuste de 28,9% dos pedágios da Ecosul contempla períodos nos quais a inflação acumulada fica em 19%. Contestado várias vezes sem sucesso, o contrato de concessão é de 1998 e autoriza aumentos por uma cesta de índices.
O reajuste contempla o período de janeiro de 2011 a dezembro de 2023, retirando os meses de setembro de 2021, e de novembro e dezembro de 2022. Decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) adiaram a aplicação dos aumentos.
O contrato, já prorrogado, termina em 2026. A concessionária tenta prolongá-lo, chegando a dizer que aceita mudar o reajuste para IPCA. Enquanto isso, o repasse dos aumentos que patrolam a inflação é feito aos fretes e às mercadorias, afetando a competitividade das empresas do sul do Rio Grande do Sul.
O aumento
Desde a 0h de segunda-feira (1º), o valor do pedágio está 28,9% mais caro nas cinco praças de pedágio da BR-116 e da BR-392, no sul do Estado. A tarifa subiu de R$ 15,20 para R$ 19,60, se tornando o preço mais elevado pago nas rodovias federais do Brasil.
* Colaborou Jocimar Farina
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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