O jornalista Paulo Rocha colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Um clima de expectativa paira sobre Gravataí. Após o anúncio de R$ 7 bilhões em investimentos por parte da General Motors (GM) nas suas operações no Brasil, entre 2024 e 2028, a cidade da Região Metropolitana quer saber quanto disso vai se reverter para a planta instalada às margens da Freeway. Há alguma chance de a cidade ficar de fora dos planos da montadora?
— Acho que não. No anúncio, a GM diz que o Brasil é um polo importante de exportação para toda a América do Sul. E, aqui (em Gravataí), temos proximidade com o mercado consumidor de cidades como Montevidéu (Uruguai), Buenos Aires (Argentina) e Santiago (Chile) — avalia o prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon.
A coluna buscou a prefeitura, GM, trabalhadores e a entidade que representa as montadoras no país. O segredo é absoluto. Um dirigente nacional da companhia que participou da agenda em Brasília, onde foi feito o anúncio bilionário, demonstrou curiosidade ao ser informado que o jornalista falava do Rio Grande do Sul. Ele disse estar preocupado com os recentes eventos climáticos no Estado e isso foi o gancho para mencionar o compromisso da GM com questões ambientais nestes investimentos.
Nos próximos dias, o sindicato que representa os trabalhadores da planta de Gravataí pretende se reunir com a cúpula da empresa em São Paulo. Eles demonstram ansiedade pelo que os investimentos podem representar para o mercado de trabalho.
— Queremos uma fatia dessa grana para Gravataí — diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, Valcir Ascari.
A coluna apurou que a empresa pretende anunciar em até 60 dias o detalhamento do plano de investimentos. A decisão de onde investir passará por variáveis como negociações com sindicatos, a abertura de novas vagas e a avaliação da produtividade das plantas. No Brasil, a montadora tem fábricas em Gravataí, em São José dos Campos (SP), em São Caetano do Sul (SP) e em Joinville (SC).
Férias coletivas
Os trabalhadores da planta gaúcha entram em férias coletivas a partir de 12 de fevereiro. A justificativa da GM é um "ajuste do programa de produção da planta". O retorno ao trabalho está marcado para o dia 26 de fevereiro. A produção já havia sido interrompida por quatro dias, entre 26 e 29 de dezembro.
Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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