Oito em cada 10 lojistas entrevistados em Porto Alegre sentiram algum impacto negativo das vendas devido ao excesso de chuva das últimas semanas. A sondagem foi realizada pelo Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA).
O principal reflexo, disparado, foi a redução no fluxo de pessoas. Essa opção foi citada por 88% dos comerciantes que disseram ter tido algum problema. Danos no estabelecimento também apareceram no levantamento, como goteiras, infiltrações, perda de mercadorias e até alagamento da loja, o que chegou a ser citado por 8,5% dos entrevistados.
- Uma parte da venda fica represada e acontece depois, mas tem uma boa parcela que não ocorre mais. É como um avião que decola com lugares vazios - comenta o presidente do Sindilojas, Arcione Piva.
Interior
Já no Vale do Taquari, 44% das empresas que relataram perdas provocadas pela enchente pertencem ao segmento do varejo. Ou seja, 540 das quase 1,3 mil ouvidas pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC Vale do Taquari). Em geral, elas têm menor porte, mas representam bastante em volume e em empregos gerados na soma, além, claro, de serem negócio próprio, sendo a única fonte de renda de muitas famílias.
Presidente da Associação Gaúcha do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski tem recebido do Interior relatos principalmente de lojistas de materiais de construção, com queda de vendas que chega a 30%. Ele acrescenta o impacto em roupas e calçados, nos quais qualquer atraso empaca as compras de itens da coleção de determinada estação.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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