Correção: diferentemente do que a coluna informou em um primeiro momento, a loja de Porto Alegre não é a última da Livraria Cultura. Uma unidade de São Paulo, que chegou a ser fechada, foi reaberta em julho. O texto e o título foram corrigidos às 18h05min.

Localizada em Porto Alegre, a penúltima loja da Livraria Cultura no país será reduzida. Instalada em 2003, a unidade fica no Bourbon Shopping Country e passará a ocupar apenas o mezanino. O restante da área, que é grande, seguirá com venda de livros, mas com o nome de Book Hall e administrado pela Airaz, gestora de shoppings do Grupo Zaffari. A estratégia do negócio, no segundo andar, é vender títulos nacionais de ficção e não-ficção. No térreo, com curadoria da Cultura, será um acervo de temas mais amplos. 

A placa com o nome da Cultura já foi retirada da loja. Em crise há anos, a rede de livrarias está em recuperação judicial e chegou a ter falência decretada no início do ano, mas a decisão foi revertida. Além da outra loja física, que fica em São Paulo, ela mantém as vendas pelo site. 

Recentemente, a Ilusões Industriais, que vende produtos geek, como jogos de tabuleiro, cartas e história em quadrinhos, fechou a loja que tinha no mezanino dentro da loja da Cultura e foi para outro espaço no Bourbon Country. Em março, a cafeteria Chocólatras também já havia deixado o espaço. À coluna, a Airaz informa que abrirá uma papelaria em breve e que irá reativar a parte da cafeteria. O auditório para 90 pessoas, no mezanino, e o espaço para lançamentos e sessões de autógrafos, também serão mantidos. 

Crise de setor

Com algumas exceções, a crise das livrarias atinge o setor no geral. Nessa quarta-feira (20), inclusive, a Livraria Saraiva, que seguia o mesmo modelo com lojas grandes, demitiu os funcionários de suas últimas cinco operações. A partir de agora, a rede, que também está em recuperação judicial, deve funcionar apenas como e-commerce.

Colaborou Guilherme Gonçalves 

Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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