Se é para a sustentabilidade ser um dos motes da Expointer deste ano, o hidrogênio verde terá seu espaço. O governo do Estado prepara-se para lançar no evento uma política voltada ao segmento, contou à coluna o chefe da Casa Civil, Artur Lemos. Se esse combustível emplacar e o Rio Grande do Sul pegar essa onda, o PIB gaúcho deverá ter um ganho de R$ 62 bilhões.
O hidrogênio como combustível é obtido da quebra da molécula da água por reações químicas a partir da força elétrica, ou seja, precisa de energia para fazer esta energia, que tem a vantagem de poder ser transportada e, portanto, exportada. Quando a fonte é renovável, o hidrogênio é considerado "verde", cobiçado pela Europa.
A fonte mais cogitada é a eólica, principalmente a offshore, com aerogeradores instalados no mar. Porém, ainda não há legislação que os autorize no Brasil. Então, seria usada a energia gerada com os equipamentos em terra, como já temos hoje. Lemos tem certeza de que é suficiente para dar início a uma cadeia econômica do setor.
Segundo o secretário, a política terá o objetivo de mostrar aos investidores que projetos para geração de hidrogênio terão prioridade no Rio Grande do Sul, que disputa os investimentos com o Nordeste. Lemos citou, por exemplo, agilidade em licenciamentos ambientais e financiamentos com juros atrativos. Que as regiões atentem-se, pois a onda traz novos parques eólicos, indústrias para a transformação da energia e necessidade de porto para escoá-la.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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