Fonte de energia capaz de acrescentar uma vocação econômica ao Rio Grande do Sul, o hidrogênio verde ganhou um pacto para chamar de seu. A articulação é feita por entidades que apostam nele já há algum tempo, as associações que representam o setor de energia eólica (Abeeólica), de energia solar (Absolar) e de biogás (Abiogás); e a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio). O Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável quer acelerar o desenvolvimento da tecnologia no país.
O projeto tem objetivos que vão da criação das regulamentações necessárias a disseminar oportunidades de negócios. A consultoria McKinsey já projetou que o hidrogênio verde pode acrescentar R$ 62 bilhões ao PIB do Rio Grande do Sul e criar 41 mil novos empregos. O Estado se destaca na corrida, mas o Nordeste está na frente, com fábricas anunciadas já.
- A tendência é que as estações sejam feitas nos portos, e estamos com esse olhar no porto do Rio Grande. O Rio Grande do Sul, hoje, está pronto para receber as estações de hidrogênio. Não tem que ter eólica no mar. O Estado já tem muita energia renovável, muitos parques eólicos. Hoje, um investidor pode chegar no Estado e fazer uma estação de hidrogênio - explica Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) em entrevista ao programa Acerto de Contas, na Rádio Gaúcha.
O hidrogênio como combustível é obtido da quebra da molécula da água por reações químicas a partir da força elétrica. Quando a fonte é renovável, é considerado "verde". A mais cogitada é a eólica, principalmente a offshore, com aerogeradores instalados no mar.
- A eólica pode funcionar melhor em algum período do dia, a solar em outro, e assim vai. São fontes complementares na matriz elétrica, e o serão também para fazer hidrogênio - comenta Camila Ramos, vice-presidente de Hidrogênio Verde e Financiamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Os próximos passos do pacto são promover projetos técnicos, reuniões, debates, palestras, visitas a campo, estudos e etc, etc, etc.
- Percebemos a necessidade de uma liderança nesse processo, para pensar em uma política para o hidrogênio no Brasil, que tem potencial de ser o maior fornecedor do mundo. Os primeiros projetos estão surgindo - complementa Elbia.
Ouça o programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha:
Assista às entrevistas as com representantes da Abeeólica e da Absolar:
Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica):
Camila Ramos, vice-presidente de Hidrogênio Verde e Financiamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar):
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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