Empresa de gases industriais com 111 anos, a White Martins, do Grupo Linde, fechou acordo para comprar participação no Complexo Eólico Chuí, no sul do Rio Grande do Sul, que hoje pertence à Omega. O valor da negociação não foi divulgado. A energia será usada, já a partir deste mês, para abastecer a companhia, com 876 mil megawatts de fonte renovável por ano.
O negócio já foi aprovado pelo Conselho de Defesa Econômica (Cade), que regula a concorrência no país. No processo, consultado pela coluna, a White Martins explica que a operação trata-se da aquisição, sem controle, de parte das ações que representam o capital social da Omega.
"A despeito da referida participação, a operação não conferirá ao Grupo Linde qualquer tipo de controle e/ou influência relevante sobre a administração e a gestão operacional das atividades desenvolvidas pela Empresa-Alvo, de modo que o Grupo Linde permanecerá na condição de mero investidor com o propósito de se firmar como autoprodutor por equiparação de uma parcela de energia elétrica gerada no Parque Eólico", diz o formulário do ato de concentração.
Em 2021, White Martins e governo do Estado assinaram um memorando de entendimento para construção e operação de uma planta industrial de hidrogênio verde e amônia verde. O Porto de Rio Grande é cotado para receber o investimento.
A Omega Energia, por sua vez, tinha comprado as fatias da Eletrobras de parques eólicos gaúchos, incluindo o complexo Chuí, em 2020, conforme a coluna noticiou à época. Relembre: Eletrobras aprova oferta de R$ 1,5 bilhão por fatias em eólicas do RS
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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