A Lacticínio Boavistense, dona da marca Mandaká, construirá uma nova fábrica com investimento de R$ 40 milhões, em Rondinha, no norte gaúcho. Serão abertos 80 empregos. A empresa está no mercado há 30 anos e já tem uma unidade em Nova Boa Vista, também na região.
A nova indústria deve gerar um faturamento de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões por mês. Serão produzidos derivados, como queijo mussarela e soro de leite, que serão vendidos para o Rio Grande do Sul, centro e nordeste do país.
- O local tinha uma planta de recebimento de leite desativada há seis anos, compramos a estrutura, demolimos e fizemos um projeto novo, com recurso próprio - explica o proprietário Wlademir Dall Bosco.
Serão industrializados 300 mil litros de leite por dia. O soro irá para a Whey do Brasil, grupo de Palmeira das Missões que reúne sete laticínios e assumiu uma antiga unidade da Nestlé.
A Mandaká quer iniciar a produção no primeiro trimestre de 2024. Apesar do investimento que está tirando do papel, a empresa também se preocupa com a importação de lácteos, debate do momento para o setor, especialmente quanto aos produtos vindos da Argentina.
- A cotação dos produtos está muito baixa, enquanto o custo de produção ainda é elevado no Brasil com máquinas e investimentos - comenta Dall Bosco sobre a crise no setor.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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