Além de trazer para o microfone a discussão sobre a inovação aberta, o South Summit Madri é o próprio palco para que ela ocorra. Pelos corredores, de um lado, estão as grandes empresas que buscam quem faça gastarem menos dinheiro, usarem menos água, reduzirem a poluição, produzirem mais e melhor. Do outro, estão as startups que podem oferecer e desenvolver produtos e serviços que ajudem neste trabalho. Orbitando, estão os cheques que somam bilhões de euros dos grandes investidores procurando boas apostas. Ideias de um lado, dinheiro do outro.
Conceito criado há duas décadas, a inovação aberta é isso. Se deixa de criar somente dentro da empresa, mas se busca fora ajuda para isso, em universidades, em startups, no poder público e até mesmo em parcerias com a concorrência (protegendo, claro, as informações estratégicas). Como um palestrante disse em um dos painéis sobre o assunto: "venha para o ecossistema e tire vantagens dele".
Quando um propósito bacana entra junto, melhor ainda. Neste ano, o evento de inovação aqui de Madri e que deu origem ao de Porto Alegre, tratou do futuro com o tema "Hoje 2030", ano de metas audaciosas de sustentabilidade, como a redução em 55% das emissões de gases de efeito estufa. A figura mais importante do South Summit, María Benjumea encerrou o evento dizendo e repetindo pausada e enfaticamente: "temos que fazer agora".
* A coluna viajou a Madri a convite da IE University
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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