Aprovada no final do ano passado, a lei espanhola das startups marca os discursos oficiais do South Summit, realizado nesta semana aqui em Madri. Construída ao longo dos últimos anos e adaptada às mudanças que a pandemia trouxe ao segmento, ela busca destravar negócios e fortalecer a Espanha como referência de empreendedorismo na Europa.
Mais atividades entraram na lista de acesso a incentivos, que têm, na essência, redução de imposto. Deixa de ser restrita a empregados e abrange também empresários, freelancers e investidores. Além disso, foi facilitado o visto do chamado nômade digital, para atrair mais empreendedores e profissionais estrangeiros que atuam em teletrabalho, sem a exigência de vínculo com empresas na Espanha. A ideia, portanto, é atrair o talento, a inteligência e não necessariamente o registro empresarial.
- A lei foi criada para que as boas ideias não saíssem da Espanha para se desenvolver, tirou as amarras para startups começarem e mudou o jogo para sempre. Queremos que as empresas venham - diz Carme Artigas, secretária espanhola para Digitalização e Inteligência Artificial.
Fundadora do South Summit, María Benjumea tem ressaltado a lei das startups da Espanha com frequência. O fez em Porto Alegre. Segundo ela, é importante porque chega em um momento de enorme crescimento do ecossistema empreendedor no país, que tem 13 mil startups e 300 scale ups (já em estágio mais avançado, ganhando escala) e 15 unicórnios (empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão).
* A coluna viajou a Madri a convite da IE University
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna