A prefeitura de Porto Alegre lançará em junho um edital para comprar energia através da modalidade chamada de mercado livre, quando o preço, a quantidade, o prazo de fornecimento e até a fonte são negociados com fornecedores e o consumo não é obrigatório da distribuidora. O objetivo é abastecer 67 prédios da administração pública. Uma das exigências é que a fonte produtora da energia seja renovável. O contrato será por 60 meses.
— O mercado livre hoje pode atender unidades consumidoras de média tensão. Todos os prédios dessa categoria na administração pública serão atendidos, como o Hospital de Pronto Socorro, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, o Paço Municipal e o novo centro administrativo — diz o engenheiro eletricista Alex Sander Zanoteli Martins, que coordenou a elaboração do projeto na Secretaria Municipal de Parcerias.
Atualmente, esse conjunto de prédios paga R$ 10 milhões por ano em energia. Com a migração para o mercado livre, o custo deve cair em 30%. Ou seja, uma economia anual aproximada de R$ 3,3 milhões.
Secretária de Parcerias, Ana Pellini destaca que a prefeitura assumiu compromisso na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP) de ampliar o uso de fontes renováveis.
— Porto Alegre busca o título de cidade sustentável. Nosso maior objetivo não é financeiro, é consumir a energia renovável — explica a secretária.
A prefeitura também vai lançar um outro edital para contratar empresas que instalarão usinas solares para abastecer prédios da administração pública de baixa tensão. Há mais de um ano, a coluna noticiou que estudos para isso estavam sendo realizados. O objetivo é avançar agora no segundo semestre.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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