Estrutura triplicada, loja nova e maquinário do que há de melhor no mundo para fazer chocolate são as novidades da Divine, fabricante com sede em Encantado. A empresa se propõe a fazer o doce com ingredientes de melhor qualidade, cobrando um "preço justo". O programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, conversou com os irmãos José Inácio Turatti, diretor financeiro, e Fabiana Turatti, diretora administrativa. Confira trechos abaixo e assista à íntegra no final da coluna.
Contem um pouco da história da Divine?
José Inácio: A Divine começou sua história em 2011. É uma empresa extremamente jovem. Começamos com o intuito de fazer um chocolate verdadeiro, com receita antiga, a formulação que derrete na boca, que não usa outros tipos de gordura a não ser a manteiga de cacau. Começamos fazendo picolé, a empresa tem também uma empresa de sorvete, a Sabory, com 35 anos de mercado e da qual meus pais são sócios. Fomos expandindo também nos saudáveis, sem glúten, zero açúcar e zero lactose.
Qual a estrutura da Divine e o investimento feito recentemente?
José Inácio: Nos últimos três anos, investimos em torno de R$ 55 milhões. Tínhamos uma fábrica de 3,5 mil metros quadrados. Agora, está com 9 mil metros quadrados e também estamos construindo um novo prédio administrativo, com 4 mil metros quadrados, onde ficará a nossa loja com 1,4 mil metros quadrados. Queremos comportar bem o turismo da nossa cidade, com o Cristo Protetor e o Trem dos Vales. Chegamos a receber 40 ônibus por dia.
Como está a preparação para os turistas?
Fabiana: Está se treinando o pessoal para receber os turistas porque não era comum e vem crescendo rápido. Está abrindo portas. Estamos lançando o café e vamos acoplar a loja na cafeteria. É uma cidade pequena, mas acolhedora.
Como fazem para cobrar um preço acessível por um chocolate com ingredientes de qualidade?
Fabiana: Trabalhamos com preço justo. Estamos ganhando mercado, então não podemos ter margens absurdas porque nosso produto não chegaria na boca do consumidor. Nossa maior dificuldade é que as pessoas provem, porque, depois, fidelizam, o que é um orgulho para nós. Usamos ingredientes de qualidade, cadastrados e homologados. É o propósito da Divine desde o início.
Trazem matéria-prima de fora do Rio Grande do Sul ou conseguem ter fornecedores locais?
Fabiana: Alguns fornecedores, por exemplo, de leite, conseguimos daqui, mas cacau, amêndoas e derivados vêm de São Paulo. Os grãos, na maioria, vêm do Pará e da Amazônia. Para manter o padrão, alguns blends são feitos com amêndoas de cacau do Exterior.
Onde vocês vendem?
José Inácio: Nosso foco é no varejo, lojas e supermercados em geral. O Rio Grande do Sul representa 70% da venda. Depois, vem Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Temos sementinhas em cada Estado do país. Também temos o e-commerce.
Quantos funcionários e qual o faturamento?
José Inácio: Em torno de 300 funcionários, entre vendedores, parte produtiva, administrativa. Neste ano, a nossa estimativa é faturar R$ 120 milhões. No ano passado, fechamos em R$ 95 milhões. Buscamos um crescimento de 30%.
Quais são os próximos planos da empresa?
José Inácio: Devemos comprar no ano que vem uma drageadeira (reveste chocolates em formato de bolinha), para aumentar a capacidade de fazer os Divis, que são as bolinhas com flocos de arroz ou amendoim. O público gosta muito. Recentemente, investimos em uma máquina italiana que fabrica 16 mil barras de chocolate por hora. Foi o maior investimento que fizemos na empresa até hoje. Vamos ter novos, principalmente na área do café, na qual estamos iniciando. Nos próximos anos, talvez venha uma planta de café para nosso Estado. Está nos estudos.
Assista o vídeo da entrevista:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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