A Justiça suspendeu, por alguns dias, os prazos da recuperação judicial de empresas da Gramado Parks, grupo gaúcho conhecido por suas atrações turísticas, como Snowland e Acquamotion. A suspensão foi um pedido das recuperandas e da securitizadora Fortesec, a principal credora do grupo, enquanto realizam um processo de mediação de conflitos. Esse "pausa" vale até 2 de maio.
De acordo com o entendimento do juiz Silvio Viezzer, a mediação após o deferimento da recuperação judicial pode acontecer em casos como o de disputa societária. Na Gramado Parks, a família fundadora alega que o controle dos fundos de ativos do grupo está sob gestão de uma empresa que é controlada pela mesma companhia que controla a Fortesec.
A expectativa, agora, é que, a partir da mediação, haja uma definição acerca da disputa societária. O juiz destacou em seu despacho, porém, que esse processo não deve discutir "a natureza jurídica e a classificação dos créditos” do processo.
A recuperação judicial de empresas da Gramado Parks foi autorizada pela Justiça ainda em abril e envolve três dos quatro negócios da companhia, que, juntos, somam uma dívida de R$ 452 milhões. São os braços de venda de multipropriedade, gestão de rodas-gigantes e de parques. Não está inclusa, por ora, o GPK, de incorporações. Se considerar as dívidas também dele, o montante passaria para R$ 1,362 bilhão.
Além da decisão de recuperação judicial, a Justiça determinou que a Fortesec repasse para a Gramado Parks os recebíveis futuros que seriam depositados nas contas centralizadoras, por meio da liberação das travas bancárias, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Também proibiu a securitizadora de executar as garantias.
Saiba mais: Com dívida de R$ 452 milhões, dona do Snowland e de parques em Gramado entra em recuperação judicial
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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