Como ficarão os preços ao consumidor com a safra recorde de trigo do Rio Grande do Sul? Quando tem quebra, eles sobem, o que gera a expectativa de queda agora. No mês passado, a cesta básica de Porto Alegre já trouxe um leve recuo na farinha, mas nada ainda no pão.
A qualidade do trigo gaúcho melhorou bastante nos últimos anos, o que permitiu que a indústria de alimentos comprasse menos farinha da Argentina. Por mais que o preço do grão no mercado internacional sirva de referência para formar o valor negociado aqui, há um custo logístico menor. Falando nisso, o diesel teve um bom recuo de preço nas últimas semanas.
Presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos do Rio Grande do Sul (Sindipan-RS), Arildo Bennech Oliveira acredita que uma redução mais significativa será sentida nos pacotes de farinha de cinco quilos, mais vendidos no Interior para famílias que fazem pães e outros alimentos em casa. Segundo ele, na indústria, há o peso de outros custos, dificultando uma queda e apontando mais para uma estabilidade de preços.
- A queda na safra do Paraná e da Argentina também complica, além do dólar e da continuidade da guerra na Ucrânic, grande produtores mundial de trigo - diz ele.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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