Aparentemente, o comportamento das vendas de Natal foi heterogêneo para o varejo. No online, levantamentos de plataformas online apontam recuo nacional de 10%. Nas lojas físicas, a Serasa Experian identifica alta tímida de 0,4%, ponderando que o setor esperava um avanço maior, mas o bolso do consumidor ainda está ressentido da inflação.
Individualmente, os relatos vão de "muito bom" até quedas de 30% no faturamento em relação ao ano passado. A pesquisa do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA) identificou que 25% mantiveram a venda, enquanto 22% diminuíram. Somando ambos, supera o percentual de lojistas que relataram crescimento, que, ainda assim, foi de 38%. A coordenadora do núcleo de pesquisas da entidade, Thais Del Pino, observa que o tíquete médio por consumidor subiu bem, ficando em R$ 208.
Na busca por entender o comportamento do consumidor, há uma análise de que a classe média, especialmente da faixa mais alta, está contida. Por acompanhar a incerteza quanto à política econômica nacional, está contendo gastos. Enquanto as famílias de renda mais baixa, que sofreram com a inflação desde o ano passado, estão mais otimistas, o que também apareceu no monitor da Fundação Getulio Vargas (FGV) de confiança do consumidor agora em dezembro.
Confira os relatos dos leitores da coluna:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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