Esperado pela economia do mundo, o fim da política de covid zero na China, somado à estratégia falha de vacinação, provoca uma explosão de casos que, agora, compromete a economia, sem falar no impacto da perda de vidas. Indicadores de dezembro já apontam tombos na atividade chinesa. Dizem que as fábricas estão uma "bagunça", com a atividade fortemente impactada pelo afastamento dos funcionários infectados. Estabelecimentos voltam a ser fechados e a circulação de pessoas despencou.
A China é a segunda maior economia do mundo, atrás dos Estados Unidos. Já vinha com problemas, especialmente no setor imobiliário, com atrasos e inadimplência. Fechamento de portos e de indústrias chegou a colapsar a cadeia mundial de suprimentos, de chips a produtos acabados. Outros países correm para se reindustrializar, inclusive os Estados Unidos, que estão investindo bilhões de dólares para refazer uma cadeia de produção de semicondutores. A demanda por medicamentos e equipamentos também sobrecarrega a demanda por insumos.
O gigante asiático é origem, mas principalmente destino dos produtos gaúchos. A crise econômica de lá e a quebra de soja daqui derrubaram em 43% o faturamento das exportações do Rio Grande do Sul para a China em 2022. Estados Unidos, Argentina e Índia cresceram bem, mas ainda estão longe de assumir a fatia chinesa. Aliás, os indianos dobraram as compras.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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