Mais de 90% dos lojistas da Capital ainda não fizeram venda pelo Pix parcelado. Ao Núcleo de Pesquisas do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA), disseram que não há procura. A ferramenta é, realmente, muito recente. Algumas instituições financeiras já oferecem, mas vai aumentar esse número agora em setembro. É uma forma de dar crédito ao cliente, que, aliás, promete revolucionar as formas de pagamento.
O Pix parcelado está no radar do Banco Central. Não é um meio oficial de pagamento, mas a autoridade monetária pode vir a regulamentá-lo. O mais semelhante é o modelo Pix Garantido, que o banco deverá lançar, permitindo o agendamento do pagamento para o futuro com garantia de que será feito. A instituição bancará isso, mesmo que não haja saldo na conta.
Enquanto isso, as empresas podem, sim, oferecer esse serviço de parcelamento de compras, inclusive usando o limite do cartão de crédito. Se não utiliza, é como um empréstimo normal. As regras mudam conforme a instituição. Por ser crédito, pode ter cobrança de juro. Por outro lado, o lojista deixa de ter o custo do cartão de crédito e pode repassar isso ao consumidor.
Opte pelo Pix parcelado quando houver desconto. Se houver juro, que seja menor do que na outra modalidade que usaria. O cartão de crédito não tem juro se a pessoa não cair no rotativo por não pagar a fatura. Em último caso, pode ser uma opção para situações emergenciais. E lembre-se: Pix parcelado é dívida, trate-o como tal dentro da sua organização financeira.
Desconto
Ainda conforme a pesquisa do Sindilojas Porto Alegre, ao contrário do que tem se visto no e-commerce, 73% dos lojistas não pretendem oferecer desconto para o Pix à vista. Mas o que mais chama a atenção entre essas respostas é que ainda tem quem não use Pix, 3,3% dos entrevistados.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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