Empresa gaúcha de sistemas solares, a Elysia está participando de um novo negócio no qual o dono de uma casa ou um terreno instala o equipamento para gerar energia, e é pago por ela. A venda é feita para cooperativas, que, por sua vez, comercializam para consumidores finais.
O interessado investe, em média, R$ 500 mil. É preciso ter uma área de 1,5 mil metros quadrados de solo ou de 700 metros quadrados em telhados. Qualquer pessoa ou empresa pode aderir, mas, se for pessoa física, a Elysia recomenda que crie uma conta jurídica para ter nota fiscal de locação.
O diretor Luccas Priotto calcula um retorno financeiro bruto de 1% e 2% ao mês, ou seja, sem os descontos. Os contratos podem ser de dois a 10 anos, o que ajuda a garantir o retorno do investimento.
— Funciona assim: na primeira fase, o investidor contrata a Elysia para fazer a usina. Preparamos tudo e deixamos o sistema fotovoltaico instalado. Depois, trazemos um parceiro que faz o contrato de locação com as cooperativas, quando se estima a duração do acerto e o valor da tarifa, que fica em torno de R$ 0,50 pelo quilowatt — explica ele, acrescentando que, além da tarifa pré-definida, o contrato atrela reajustes de acordo com a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd) e a Tarifa de Energia (TE). Isso garante, de acordo com Priotto, a correção pela inflação energética.
— Vamos simular uma usina que vá vender 13 mil quilowatts. Com valor de R$ 0,50, ele consegue tirar, por mês, R$ 6,5 mil. O dono tira uma nota fiscal de locação, e recebe a renda mensal. No outro mês, vai ser a mesma coisa. E assim, ele tem o retorno financeiro dentro de cinco anos — finaliza.
E empresa já está montando quatro projetos. Há opção de financiamento para construir as usinas. Nesse caso, a Elysia ajuda com simulações de crédito.
Energia em casa
Cerca de 183 mil gaúchos já contam com energia solar em suas casas, reduzindo o valor da conta de luz. O dado atualizado é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). No início do ano, eram 127 mil consumidores no Rio Grande do Sul com o sistema, que está em expansão acelerada, especialmente desde o início de 2021, quando a escassez hídrica passou a provocar altas fortes da conta de luz. Agora em 2022, esse crescimento é puxado com ainda mais força pelo fato de que a isenção da tarifa para uso da rede elétrica até 2045 só valerá para quem solicitar a instalação do sistema fotovoltaico até janeiro de 2023.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo de GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.