O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Os pedidos de recuperação judicial de empresas seguem caindo no Rio Grande do Sul. No primeiro semestre do ano, foram 21 solicitações no Estado, 38,2% a menos do que no mesmo período do ano passado, quando houve 34 pedidos. À época, já vinha de uma queda em relação a 2020, quando 76 empresas solicitaram o recurso, conforme o monitoramento da Serasa Experian enviado à coluna.
A recuperação judicial é um mecanismo para dar um fôlego à empresa para evitar a quebra. Ela substituiu a antiga concordata. Quando ela é autorizada pela Justiça, ações de cobrança, por exemplo, são suspensas, assim como serviços essenciais à operação da empresa não podem ter o fornecimento interrompido, como energia elétrica. A empresa tem um prazo para apresentar um plano de reestruturação financeira para ser votado pelos credores.
A redução também foi observada nos números nacionais. O primeiro semestre deste ano acumulou 390 pedidos de recuperação judicial no Brasil. Feita a relação com o mesmo período de 2021, que marcou 454 requisições, há uma queda de 14,1%.
Além das recuperações judiciais, as falências decretadas também caíram no Rio Grande do Sul nos seis primeiros meses do ano. Foram 20 registros no primeiro semestre de 2022, contra 21 do mesmo período do ano passado. Apesar de ser mais baixo em relação a 2021, segue mais alto do que em 2020, quando houve 16 quebras de empresas. Os números ficam longe, no entanto, de alcançar o patamar de 2019, antes da pandemia, quando foram 52 falências decretadas.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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