A alta do diesel e o risco de uma nova paralisação dos caminhoneiros foram pautas da entrevista do presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam-RS), André Costa, ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Confira trechos a seguir e ouça a entrevista completa no final da coluna:
Há a possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros?
Não, hoje não. Sempre que aumenta o combustível, há impacto não só no nosso setor, mas em toda a sociedade. Só que a categoria amadureceu bastante e entende que o período é delicado. Estamos vivendo um ano de eleições majoritárias. Mas nos preocupa esse "delay" entre o aumento do custo e o resultado no frete.
Há pressão?
Já está sendo feita a pesquisa na ANP (Agência Nacional do Petróleo) para ver o impacto no piso mínimo de frete para reajustar planilhas. O que a categoria pensa agora é permitir esse tempo, ver como se acomoda o mercado, além do impacto da redução do ICMS e de impostos federais. Sabemos que demora a chegar na bomba. Então, há de se ter um pouquinho de serenidade e paciência. Se fizermos uma paralisação como a de 2018, não só o transportador vai perder, mas a sociedade como um todo.
Quanto o frete precisaria subir para cobrir os custos?
A reposição teria que ser de 40%. A nossa frota já é antiga, então gira em torno de 1,5 quilômetro por litro. O impacto do diesel no custo do quilômetro rodado para o caminhão está em torno de 60%. Temos observado nos últimos 90 a 120 dias uma queda significativa no tráfego de veículos médios e pesados nas rodovias, com aumento do custo e quebra de safra.
Ouça a entrevista completa:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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