Comer está mais caro, seja em casa, seja em restaurantes. Mesmo que nem tudo suba, esta é a sensação que o consumidor tem. O orçamento está apertado, com gastos difíceis de driblar, como conta de luz e combustíveis. No caso dos alimentos, sente mais quem compromete mais da renda para comprá-los, ou seja, os mais pobres.
A coluna pesquisou a variação de preço dos itens básicos de uma a la minuta. Nos últimos 12 meses, a inflação para o consumidor da região metropolitana de Porto Alegre ficou em 10,79%, segundo o IBGE. Já a alface ficou 66,02% mais cara, afetada principalmente pela estiagem. A alta da folhosa chegou a ser até maior. Em seguida, aparece a batata, que passou a subir mais nos últimos meses e acumula elevação de 59,4%. O tomate não perde muito, com aumento de 54,65%, mas é um alimento que oscila muito. Já subiu bastante e voltou a cair no último mês.
O ovo de galinha aumentou 24,12% no último ano. O consumo aumentou por ser uma alternativa à carne, que é mais cara. Além disso, pesa o custo da energia na produção. A alcatra subiu 10,42% no último ano, porém a carne bovina vem subindo já desde 2019. Aparentemente, só não sobe mais porque o consumo caiu bastante, exatamente pelo preço alto.
Dois itens ficaram mais baratos desde maio do ano passado: o arroz (-10,89%) e o feijão (-9,25%). Importante observar que a queda de preço ocorre após uma forte alta registrada no ano anterior. Então, a base de comparação é alta.
Qual a tendência? Carne, arroz e feijão tiveram nova redução de imposto de importação. Porém, o efeito ao consumidor final ainda é difícil de prever. O Brasil produz esses produtos o suficiente para abastecer o mercado interno. Safras melhores tendem a aumentar oferta, mas aumento de custos como energia e combustíveis afetam a cadeia econômica toda.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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