Fortes ondas da inflação dos Estados Unidos chegam ao Brasil nesta segunda-feira (13). Na semana passada, o índice de preços ao consumidor veio em 1% em maio sobre abril, acima do esperado. No acumulado de 12 meses, passou a 8,6%, menor do que a inflação brasileira, mas altíssima para padrões norte-americanos. Gasolina, energia, passagens de avião, veículos, atendimento médico, móveis, lazer e vestuário destacam-se entre as altas.
O efeito disso? O mercado financeiro está apostando que o Federal Reserve - o banco central norte-americano - tenha que apertar o cerco elevando mais o juro. Do 0,5 ponto percentual que os investidores já tinham digerido, fala-se agora em alta 0,75 ponto percentual. Isso leva mais dólares para lá, provocando valorização forte do dólar neste início de semana - já batendo R$ 5,10 -, ou seja, desvalorização do real, o que pressiona a nossa inflação aqui. Também compromete desempenho de empresas, o que derruba as bolsas.
Entre vários efeitos, tem mais um. O varejo dos Estados Unidos está em forte campanha para que Joe Biden revogue tarifas sobre produtos chineses determinadas por Donald Trump. Argumenta que é uma ação com efeito mais rápido sobre a inflação do que o aumento do juro. Se isso ocorrer, sentirão os produtos brasileiros que ganharam o espaço chinês no mercado norte-americano.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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