Um centro comercial feito em contêineres é o novo projeto para cidade de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre. O Taiyó Ecomall ficará em um terreno de 1,2 mil metros quadrados no bairro Central Parque — inicialmente, vão ser aproveitados 700 metros quadrados. Serão dois andares de lojas, montadas com a estrutura de 16 contêineres descartados pela indústria naval. O investimento é de R$ 600 mil.
— A ideia é trabalhar com modalidade. Terão lojas que ocuparão um contêiner com 30 metros quadrados. Outras poderão usar dois contêineres integrados, ocupando 60 metros quadrados. No segundo andar, serão quatro equipamentos, que poderão ser usados por uma única loja, como um negócio âncora no centro comercial — explica Anderson de Paulo, empreendedor por trás do projeto, em entrevista ao programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha).
Para o local, Anderson, que já trabalha há anos com consultoria energética com foco no meio ambiente, está apostando na sustentabilidade. O concreto utilizado para pavimentar o terreno será especial para não impermeabilizar o solo. A energia será de fonte solar. Haverá estacionamento com ponto de recarga de carro elétrico. A ideia é que até as motos que farão a vigília do empreendimento sejam elétricam.
Além do meio ambiente, foco também em aspectos sociais. O objetivo do mall é que reúna os moradores da região. Além das lojas em si, haverá palestras e encontros para estimular o senso de comunidade.
— Em um raio de mil metros, temos nove condomínios residenciais. A região tem crescido muito, e ela tem uma carência comercial. Todo mundo que vai empreender hoje quer ir para as avenidas principais, para Capital. Nós entendemos que devemos trazer emprego e renda também para outras regiões, como Cachoeirinha.
Ainda não há nenhum contrato fechado para abertura de lojas no centro comercial. Os empreendedores aguardam a liberação da prefeitura para início das obras, e também a definição da imobiliária que fará a gestão dos estabelecimentos, para começar a fechar contratos. Segundo Anderson, já há vários interessados, como barbearia, loja de roupa, lavanderia, e restaurantes. O local também terá um quiosque para vender artigos da Associação de Pais de Filhos Autistas de Cachoeirinha.
A expectativa é de que, assim que as licenças sejam emitidas, os comerciantes já tenham em 60 dias os contêineres liberados para decorar internamente suas operações. Pelo lado de fora, a aposta é no verde da vegetação e no colorido da pintura das estruturas.
— É para ser um empreendimento que converse com a comunidade, com o meio, que seja alegre. As pessoas, às vezes, têm interesse de abrir algo com uma pegada mais sustentável, mas falta local. Nós queremos ser esse local, onde conseguimos convergir pessoas com produtos naturais, orgânicos, com foco social, ambiental e de governança.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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