Dados ruins da China estão mexendo no mercado mundial neste início de semana, efeitos dos lockdowns com a política de covid zero. A venda do varejo chinês caiu 11,1%, a produção da indústria recuou 2,9%, o desemprego em 6,1% se aproxima da máxima histórica daquele país. Com isso, petróleo e bolsas caem. Claro que o efeito atingiria em cheio a economia brasileira, incluindo a do Rio Grande do Sul.
A exportação gaúcha para o mercado chinês, por exemplo, despencou 39,7% de janeiro a abril de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado. São US$ 594 milhões a menos. Com isso, a participação nas compras gaúchas caiu de cerca de 40% do ano passado para o atuais 13,6%. Outro ponto é que a soja deixa de ser o principal produto exportado pelo Rio Grande do Sul, dando lugar, antes, a trigo e centeio, farelos de soja, fumo e carnes.
Além de compradora, a China é grande fornecedora de produtos. O Brasil tem dificuldades de compra que vão de tecidos e roupas aos chips. Outros países, claro, também enfrentam o problema. Tanto que os Estados Unidos estão comprando do Brasil itens que antes importava da China. Nesta toada, o setor calçadista, por exemplo, está recuperando uma parte do mercado norte-americano, que tinha perdido para fábricas asiáticas.
A exportações gaúchas para os Estados Unidos seguem crescendo. No acumulado de 2022 sobre o mesmo período de 2021, o avanço é de 49,2%, respondendo por 9,78% dos embarques.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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