Entre os alimentos que tiveram o imposto de importação zerado pelo governo federal, está a carne de boi e de frango. À coluna, o coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (Nespro), da UFRGS, Júlio Barcellos, vê um efeito limitado na medida, mas...
- Poderá ter um leve impacto na costela do churrasco gaúcho.
Ele explica que esse imposto pesa pouco na formação de preço no varejo. O Rio Grande do Sul importa pouco, e vem do Uruguai, que já tem diferenciais tributários por acordos comerciais. Mesmo assim, qualquer redução pode abrir espaço para cortar preço. Até porque o consumidor tem diminuído muito o consumo de carne pela alta dos valores e por estar com o orçamento apertado pela inflação.
- Às vezes, o impacto no tíquete de supermercado pode não ser tão grande em um primeiro momento, mas pode ser um sinalizador assim: “Olha gente, baixou R$ 3 a costela importada. Será que o consumidor não vai optar por ela?" Pouco acredito nisso, mas é uma perspectiva ainda que não tão estimuladora para aumentar o churrasco no final de semana.
Desde que o preço da carne bovina começou a subir, em 2019, o gaúcho reduziu a sua média de consumo em oito quilos. Isso representa uma queda superior a 20%, considerando a queda de uma quantidade média ao ano de 38 quilos, em 2018, para 30 quilos, em 2021 por pessoa.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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