Pela segunda vez na sondagem que a Fecomércio-RS faz com minimercados, a carga tributária ficou em segundo lugar como empecilho para os negócios. Ela foi ultrapassada pelo item alto custo para manter/comprar estoques. É claramente um reflexo da inflação de insumos que se disseminou nas cadeias econômicas e que, em diversos casos, é provocada pela escassez da matéria-prima.
A cadeia de suprimentos global enfrenta um descompasso desde 2020, quando começou a pandemia e o consumo passou por uma transformação. A perspectiva era de que a situação melhorasse em 2022, mas a guerra no leste europeu atropelou as previsões.
O alto custo para manter/comprar estoques foi citado por 30,4% dos entrevistados. Em seguida, estão a carga tributária (28,3%) e a elevação de custos fixos (27,5%).
Apesar de 57,9% dos empresários relatarem repasse integral ao consumidor do aumento dos custos, uma parcela importante dos negócios tem segurado repasses, comprimindo suas margens: 35,8% indicou repasse parcial, e 6,2% não repassaram a alta nos custos.
- A inflação que pressiona custos e reduz o poder de compra das famílias evidencia os entraves e freios impostos pela conjuntura atual - comenta o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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