Uma das principais redes de varejo da década de 1990, a Mesbla está voltando 23 anos após sua falência. O retorno da marca se dá no e-commerce. À coluna, a empresa disse que o Sul é um mercado importante no cenário nacional e, portanto, entra na estratégia de negócios.
"Principalmente, quando se fala em ranking de consumo e, por isso, faz parte dos nossos planos. Estamos em negociação com vários sellers da região para que produtos possam ser disponibilizados em nosso site com valores e prazos de entrega competitivos."
A negociação citada pela Mesbla é para que vendedores do Sul comercializem produtos no seu marketplace, estratégia já comum de marcas conhecidas de disponibilizarem suas plataformas para outras empresas venderem. Por enquanto, porém, não há planos de ter lojas físicas ou centros de distribuição por aqui.
A Mesbla teve seu nome comprado pelos empresários cariocas Marcel Jeronimo e Ricardo Viana, que investiram R$ 500 mil para reativar o site. Eles são irmãos e filhos de um ex-funcionário que trabalhou a vida toda na empresa, onde conheceu a esposa, mães dos atuais donos.
Serão vendidos 250 mil produtos em 250 categorias. Entre eles, estão eletrodomésticos, itens de informática, móveis, livros, brinquedos e objetos de decoração. O site já está no ar e a logo mantém o desgin da marca. Anúncios publicitários já estão sendo feitos.
Segundo os donos, a decisão de não ter lojas físicas considerou um estudo que mostrou que as vendas online cresceram 26,9% de 2021 para 2020. A empresa diz que irá gerar 2,5 mil empregos diretos e indiretos, tendo como foco consumidores de todas as classes, prometendo "preços agressivos".
— O digital é o modelo de compras do presente —, comenta Ricardo Viana, um dos sócios.
No Rio Grande do Sul, a Mesbla possuía um enorme prédio no cruzamento entre as ruas Doutor Flores e Otávio Rocha. A marca ainda segue no imaginário de muitos gaúchos, principalmente quando passam pela emblemática esquina onde hoje abriga uma loja Riachuelo.
A Mesbla foi fundada no Rio de Janeiro em 1912. No seu auge, chegou a ter 180 pontos de venda e depósitos espalhados pelo país, além de 28 mil colaboradores. No contexto de uma crise que assombrava a empresa há anos, agravado pela abertura ao mercado internacional nos anos 90, a Mesbla perdeu espaço e decretou falência na metade da década.
Colaborou Guilherme Gonçalves
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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