Três cidades gaúchas são destaque em ranking de "reemprego" feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foram selecionados os municípios com maior taxa de expansão do mercado de trabalho com carteira assinada entre junho de 2020 e fevereiro de 2022, ou seja, ao longo de 20 meses após o período de maior extinção de empregos no meses iniciais da pandemia.
Curioso nos destaques do Rio Grande do Sul é que são municípios com vocações bem diferentes: agricultura, serviços e indústria As cidades gaúchas no ranking nacional com 20 localidades:
3º Vacaria
Aumentou em 44% o número de empregos no período.
Criação de 7.164 postos de trabalho.
Destaque para a produção e colheita de maçã, que teve uma melhora em 2021 após a estiagem anterior, mas voltou a sentir na safra atual.
Saldo positivo de 730 vagas desde o início da pandemia.
8º Gramado
Aumentou em 31% o número de empregos no período.
Criação de 4.445 postos de trabalho.
Destaque para hotéis e restaurantes.
Saldo positivo de 1.276 vagas desde o início da pandemia.
12º Sapiranga
Aumentou em 25% o número de empregos no período.
Criação de 4.152 postos de trabalho.
Destaque para a indústria de calçados.
Saldo positivo de 122 vagas desde o início da pandemia.
Em alerta semelhante ao que a coluna tem feito, a CNC observa que, sob diversas perspectivas, a recuperação do emprego formal não ocorre de forma homogênea. Além das cidades turísticas, os municípios com vocação para produção de commodities tendem a continuar em evidência no cenário da oferta de emprego ao longo de 2022, na medida em que já havia uma tendência crescente de pressão sobre a cotação desses produtos com o início da recuperação econômica global, porém acelerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Dados nacionais
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no quadrimestre encerrado em junho de 2020, a diferença entre admissões e desligamentos no mercado formal acumulou um saldo negativo de 1,73 milhão de empregos celetistas. Naquela ocasião, o país vivia a fase mais aguda dos desdobramentos econômicos decorrentes da pandemia com retrações que chegaram a acumular perdas de 19,6% na produção industrial e, em momentos ligeiramente distintos, quedas nos volumes de venda do comércio (-19,3%), de receitas dos serviços (-18,5%) e do turismo (-69,0%). Já a partir de julho daquele ano, iniciou-se um processo praticamente contínuo de retomada do nível de ocupação, cujo acúmulo de vagas geradas revelou um saldo de +4,44 milhões até fevereiro de 2022 – um montante equivalente a uma expansão de 12% em relação ao estoque formal de trabalhadores observado em junho de 2020.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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