Tirar um intervalo para almoçar e aproveitar para comprar um novo lustre ou uma luminária para a casa. Ou então, ir trocar a lâmpada que queimou e se deparar com um bufê de comidas caseiras. Essas, que costumam ser atividades bem diferentes, se encontram na Triluz, um espaço na Avenida São Pedro, em Porto Alegre que é, ao mesmo tempo, restaurante e loja de iluminação.
— Temos a loja de iluminação desde 2008. Depois de um tempo, tive vontade de abrir um outro negócio, mas não queria que fosse longe de onde eu estava. Foi então que pensei em colocar, onde estou, um modelo de dois negócios. Fora do Brasil, é mais comum. Fiquei pensando qual era o horário de menos movimento na loja: meio-dia. E qual seria o negócio em que eu conseguiria aproveitar esse horário? Foi assim que surgiu a ideia de colocar o restaurante dentro da loja — explica Samuel Pinheiro, que é proprietário do local junto da esposa Débora Grubel.
No espaço, de cerca de 600 metros quadrados, as luminárias se misturam com as mesas de refeição, criando um único ambiente. Inicialmente, a ideia era que o restaurante fosse um adicional para incrementar os resultados. Começou em 2018 com 46 lugares. Aos poucos, foi caindo no gosto dos clientes. Chegou a representar, antes da pandemia, 70% do faturamento da empresa. Hoje, são 184 lugares disponíveis.
— A galera gosta, até porque é diferente. No início, inclusive, eu cheguei à conclusão de que só o fato de ser diferente já atraia clientes. Aí, o pessoal comia e se surpreendia com o gosto da comida. Assim, eles foram voltando e chamando novas pessoas. Por isso a gente acabou formando uma base de clientes muito rápido — conta o empresário.
Pinheiro diz ainda que, por ser um negócio tão diferente, até encontrou dificuldade de tirar os registros na prefeitura. Isso porque o CNPJ é o mesmo para o restaurante e para a loja de iluminação. Hoje, a comida é preparada em um espaço separado nos fundos da loja, e o buffet livre funciona das 11h30min às 14h30min.
— E quem quiser, pode comer e comprar um lustre ao mesmo tempo — finaliza, brincando, Samuel.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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