Em mais uma visita a Porto Alegre, o designer israelense Dror Benshetrit participa do evento What's Next? POA + 250, um painel para debater como será a capital gaúcha dos próximos 250 anos. Ele é conhecido pelos seus projetos futuristas que envolvem, bastante, a natureza. Na sua lista de concepções, estão uma biosfera com vegetação em Montreal e um terminal subterrâneo de cruzeiros na Turquia. Aqui no Rio Grande do Sul, fez com a Cyrela um prédio localizado no bairro Rio Branco. Em entrevista exclusiva ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, ele contou, direto de Miami (EUA), como vê Porto Alegre e como são as cidades do futuro. Participaram da conversa, também, Rodrigo Putinato, CEO da regional Sul da Cyrela, e Luiz Guilherme Paludo, diretor de incorporação da empresa, que organiza o evento em parceria com a prefeitura. Confira:
Com é pensar e fazer uma cidade do futuro?
Eu poderia falar sobre essa resposta por muito tempo, porque é o foco de toda a minha carreira nos últimos cinco anos. Antes de eu falar sobre como eu vejo as cidades no futuro, eu quero compartilhar porque eu acho que é tão importante para nós pensarmos de maneira diferente as cidades no futuro. Primeiro, quando a gente fala sobre cidade, antes de falar dos problemas e por que precisamos pensá-las de maneira diferente, vamos identificar o que gostamos nas cidades. Por que amamos cidades? Primeiro, porque somos criaturas que gostam de passar o tempo com outras criaturas. E quanto mais curiosos e sociais formos, mais gostamos de ver diversidade de pessoas, mais gostamos de observar e viver a cultura que a cidade tem para oferecer. E por causa da densidade de uma cidade, mais conseguimos ampliar as experiências nela. Grandes cidades têm vários restaurantes, museus, galerias, avenidas para atividades. Tudo isso é ótimo para nós.
Veja em vídeo:
Esse pensamento vale para todas as cidades?
Estou falando agora no geral. Quando estamos trabalhando em uma cidade específica, em um lugar específico, há muitas considerações locais que precisam ser levantadas. O clima do lugar, o comportamento cultural. Mas, em geral, quando estamos falando dos desafios que existem nas cidades, são problemas que existem em quase todas. Por exemplo, tráfego carregado de carros. Quase toda a cidade do mundo está sofrendo para se deslocar, para ir de um ponto A para um ponto B. É um imenso problema que temos hoje, e ele é causado pelo jeito em que organizamos a cidade. O jeito com que a gente planeja a cidade. Mesmo que a gente planeje as cidades para carros, temos um enorme problema em como esses carros se movem. Para mim, um dos principais desafios que temos que lidar, como sociedade, é o fato de que estamos perdendo o senso de comunidade, na maioria das cidades. E por que? Porque nossas cidades foram planejadas pensando em indivíduos colocados em lugares independentes, que não conversam entre si. E a comunidade precisa ser criada por conta própria. Não existe um planejamento para criar nas cidades o senso de comunidade. Sim, existem parques, mas ainda assim, cada pessoa, como indivíduo, precisa tomar a decisão de ir até aquele parque, em vez de já estar em uma comunidade.
Como criar ou resgatar esse senso de comunidade? E como podemos fazer isso em Porto Alegre?
Vamos dividir em dois diferentes desafios. O primeiro é corrigir cidades já existentes, melhorando lugares já existentes, e fazendo eles ficarem mais resilientes para o futuro. O outro é pensar em como criar novas comunidades, novas cidades, que atualmente não existem. A população mundial segue crescendo, e precisaremos dobrar a área de cidades nos próximos 20 a 30 anos. Ou seja, o total de espaço urbano vai dobrar nos próximos 20, 30 anos. Isso significa que estaremos colocando pelo planeta enormes quantidades de concreto, de asfalto, e eliminando florestas, áreas verdes, fazendas. Esses dois são desafios bens diferentes: como corrigir o que já existe e como criar novos ambientes. É importante identificar os dois. A SuperNature Labs, que é a empresa para a qual estou dedicando boa parte do meu esforço, decidiu iniciar repensando comunidades futuras. Repensando futuros lugares. E depois começar a trabalhar em cidades existentes e como elas podem tomar o mesmo caminho.
Como é essa parceria da Cyrela com o Dror?
Putinato — Primeiro, é muito importante a gente saber a filosofia que temos com o prefeito de Porto Alegre. Ele é um inovador, ele quer pensar para frente. E o Dror é uma pessoa que resolvemos trazer para Capital para dar um presente a Porto Alegre por esses 250 anos. O Dror pensa diferente, ele bolou cidades diferentes, tem projetos realmente diferenciados. É uma pessoa muito fora da curva em um pensamento de prosperidade, de futuro. Essa também é a filosofia da Cyrela, de trazer inovação, de buscar, de fazer uma cidade melhor, mais próspera. Quando nós trouxemos o Dror pela primeira vez a Porto Alegre, ele falou que a cidade era arborizada, era linda. Nosso primeiro projeto com Dror foi na capital gaúcha. O segundo vai ser em São Paulo. É um prazer imenso.
Como equilibrar crescimento do concreto com tecnologia e natureza?
Vou tentar explicar de uma maneira bem simples. Primeiramente, é importante entender que nós somos parte da natureza. Como humanos, precisamos de natureza para nosso bem-estar. Se pensarmos no fato que somos parte de um mesmo sistema, o jeito que a gente desenha as cidades hoje, ou como desenhávamos as cidades no passado, só pensávamos nos benefícios humanos. No comportamento humano. Nós esquecemos completamente que também precisamos pensar no design para a natureza, para a biodiversidade existir. O principal desafio começa pelo fato de que o jeito como organizamos as cidades é baseado em grades de ruas, em quarteirões. Nós sabemos que existem ruas, e construções dos dois lados da rua. Essa é a lógica que aprendemos. Mas a natureza não se organiza assim. A natureza não cria linhas, e coloca coisas pela linha. Natureza se organiza em modo de células, que são autossuficientes. Agregações de células são mais parecidas com como abelhas organizam suas colmeias do que como organizamos quarteirões.
Putinato — Quando o Dror faz um projeto, a natureza entra junto. Nos prédios que fizemos em Porto Alegre, temos paredes verdes e floreiras que ficam no meio. Em outros projetos, que não são nossos, mas que Dror fez, de lojas, ele cria árvores em cima de árvores. São árvores que nascem, fazem estrutura, e a natureza fica em cima dela. São coisas muito legais de ver. Ele cria a natureza dentro da cidade.
Paludo — Tem muito essa questão do verde, Giane. Desde que começamos a fazer projetos com o Dror, ele sempre pregou muito isso. Como trazer a natureza cada vez mais presente para pessoas que vão morar em empreendimentos da Cyrela. Essa é a filosofia do escritório, do estúdio dele.
Dror, você acha que a pandemia acelerou esse movimento?
Com certeza. A pandemia acelerou muitas coisas. Uma das coisas que percebemos durante a pandemia é que precisamos ter ar fresco, luz natural, vegetação, precisamos ouvir o som dos pássaros. Todo mundo que vive em um ambiente que não tem acesso direto à natureza estava realmente sentido falta disso. Isso vai acelerar nosso desejo de incorporar mais e mais áreas de natureza na cidade. De um jeito ou outro, você pode encontrar diferentes tipos de soluções para incorporar mais natureza nas cidades, e muitas cidades estão começando a construir isso.
Putinato — E nós notamos isso no dia a dia. Começamos a dar valor às pequenas coisas. Dar valor para o verde.
E Dror, você tem exemplos?
Vou dar dois exemplos para gente pensar em cidades de uma maneira mais natural. Se você acha em intersecções, em cruzamentos, como o de duas ruas. O cruzamento entre duas ruas não é algo que existe no meio ambiente. Não é algo natural. Na natureza, nada precisa aguardar para outra coisa passar. Existem coisas que se fundem, ou se dividem. Não existem cruzamentos. Se você pensar no fato de que, quando você dirige na cidade e não presta atenção nas ruas que estão se cruzando ou nos sinais, você vai bater em algo. Isso não é uma experiência natural. Em uma experiência natural, você passa, você segue um fluxo. Uma das coisas que podemos fazer é entender o nosso tráfego, nossa mobilidade, e desenhar nossas ruas de um modo que haja um fluxo, mais do que conflitos. Outro exemplo seria as calçadas. Atualmente, temos calçadas próximas às estradas. Isso significa que pessoas se movem na mesma direção que carros estão se movendo. Mas não temos rodas, e não nos deslocamos na velocidade de um carro. Então, na verdade não faz sentido estarmos compartilhando a mesma experiência. Se você pensar na experiência de um pedestre ou de um carro, você vê que são muito semelhantes. Viramos para a esquerda, para a direita, com alguma exceção, que são as ruas em que carros não conseguem entrar. Eu acho que no futuro, o caminho de circulação das pessoas não será o mesmo do que o caminho de circulação dos carros ou outros veículos. Essas levam para diferentes experiências, que não conflitam.
Como você vê a mobilidade urbana no futuro?
Eu sei que vamos, eventualmente, chegar aos carros que se dirigem sozinhos, e carros voadores. Mas eu realmente quero garantir que todos nós sejamos encorajados a criar ambientes que sejam fáceis de caminhar de um ponto a outro. A caminhada é o mais importante jeito de nos deslocarmos. Não é só importante para nossa saúde e independência, mas é também o nosso jeito mais natural de se deslocar. Eu acho que encorajar cidades a terem mais espaços para caminhar e para as pessoas acessarem suas necessidades em poucos minutos de caminhada é muito importante. Uma das grandes vantagens da abordagem da SuperNature é que criamos caminhos baseados em agregações naturais de células para eliminar intersecções. Todos os nossos cruzamentos são conexões de três caminhos. Isso significa que o tráfego flui. Caminho de três sentidos ajuda a salvar de muitos acidentes, porque, em vez de ter 16 pontos de colisão em um cruzamento de quatro sentidos, você só tem três. Para mim, isso é mais interessante do que pensar sobre carros voadores (risos). É mais interessante criar ambientes naturais, que poderemos aproveitar caminhando por aí. E como falei antes, nessa nossa visão, criamos uma lógica que separa a circulação de pedestres e as circulações de veículos. Hoje, estamos acostumados com a ideia de que as calçadas estão sempre ao lado das estradas. Então, as pessoas caminham como se estivessem dirigindo. Mas na lógica de bio planejamento, as pessoas estão se movendo do centro da célula para outros centros de células. É quase como um sistema de neurônios para definir caminhos.
Tudo isso que ele fala é pensando no fluxo de pessoas da cidade, certo Putinato?
Putinato — Isso é muito o plano diretor da cidade. E é muito engraçado porque estamos em Dubai. Aqui, tem uma palmeira desenhada no meio do mar. Se você pensar aqui, tudo realmente é muito fluído. Os carros andam de um jeito, a convivência na cidade de outro determinado jeito. Isso quando você consegue o plano diretor da cidade, isso que o Dror falou é realmente maravilhoso. Mas nós temos problemas no que existe hoje. O Dror traz soluções para um simples prédio, por exemplo. Como esse prédio ser mais ecológico para cidade, se esse prédio está mais integrado à cidade...
Como será o consumo de energia nas cidades do futuro?
Acredito que, no geral, haverá melhorias constantes de energia. Se você olhar o quão eficiente a natureza é, mesmo depois de 4,5 bilhões de anos de evolução, você pode dizer que praticamente tudo é quase sem esforço. Como se não houve necessidade de energia para o planeta girar ao redor de si, ao redor do Sol. À medida que evoluímos nossa metodologia de design, à medida que avançamos, também minimizamos a energia necessária para fazer as coisas: para aquecer, esfriar, construir. Esse, acredito, é o novo mandamento do design. Vamos passar do pensamento de "sustentabilidade" para pensar em um futuro ecológico e harmônico. Isso, sabemos, é utópico, podemos apenas nos esforçar para tentar alcançá-lo. Mas quanto mais nos esforçarmos, mais vamos inovar para estar em um harmonia com a natureza. Esse é o objetivo. Em geral, obviamente, há os sistemas atuais, que continuaremos a melhorar, como solar e eólico.
Quando você esteve em Porto Alegre?
Dois anos, quase três.
O que você lembra?
Eu amo o quão verde a cidade é. É mais verde do que a maioria das cidades que conheço no Brasil. E obviamente é muito especial. Percebi que tem muita atenção para parque com água, parques urbanos, áreas de recreação. Também achei a cidade bem limpa, o que foi muito especial de ver.
O que você acha de revitalizar algumas áreas da cidade? Temos uma área aqui onde que estamos tentando fazer isso, o 4º Distrito. Há outras revitalizações pelo mundo também.
Eu acho que vamos, definitivamente, ver o sucesso de áreas que tem múltiplas utilizações, entre trabalho, moradia e lazer. Toda a mentalidade de precisar trabalhar em um lugar, se deslocar para morar em outra vizinhança, isso não faz mais sentido. Todas as atividades não são divididas em um tradicional 8-8-8 horas, como costumávamos ver. Não é mais oito horas de trabalho, oito horas de lazer e oito horas de descanso. Hoje, nós trabalhamos um pouco, temos um pouco lazer. Acho também que não queremos usar nossos carros para toda necessidade de deslocamento que tivermos. Nós queremos caminhar de um lugar para outro, e aproveitar o máximo que podemos o ar livre. Acho que a ideia de criar vizinhanças, regiões, distritos, que juntem todas as necessidades em uma, é uma maneira de criar espaços no futuro.
Paludo — Ele também está bem por dentro da Orla, de tudo que está acontecendo. Além do 4º Distrito, a revitalização da Orla que vem acontecendo em Porto Alegre é algo que Dror está ciente que é um caminho muito bom para cidade. Quando ele fala da ligação de Porto Alegre com a água também.
Você acha que podemos trazer para as grandes cidades elementos do interior?
Com certeza. Eu acho que o jeito que eu vejo o futuro das comunidades é, de alguma maneira, híbrido entre o interior e as cidades. Há tantas coisas que gostamos no interior que hoje perdemos nas cidades. Uma delas é a habilidade de consumir produtos locais. Conhecer o lugar que produz seus ovos, porque podemos ver as galinhas. Poder escolher os tomates porque eles estão sendo plantados bem aqui. E vai direto para seu prato. É algo que vamos querer incorporar, e encorajar no ambiente urbano. Eu acredito que, em muito breve, não precisaremos viver em subúrbios, ou cidades. Poderemos ter em breve ambientes que podem incorporar todas as qualidades de cada um dos lugares.
Isso está no radar da Cyrela, Putinato?
Putinato — Nesse pensamento, precisamos agir de uma forma muito integrada a cidade. Acho que é muito bom, em ano de plano diretor de Porto Alegre. Tem que nascer da parte governamental para ajudar nisso. A gente consegue fazer uma parte desse negócio. O contexto, como um todo, precisa ser ajudado. Eu vejo uma cabeça muito boa de quem está na direção de Porto Alegre.
Paludo — Na Cyrela, conversamos bastante sobre fachadas ativas. É algo que talvez até venha no plano diretor. É algo pensando nesse sentido. Das pessoas conseguirem fazer as coisas mais próximas de suas casas para não fazer grandes deslocamentos.
Como incluir as pessoas que moram nas periferias nas cidades do futuro?
Primeiramente, é claro que lares acessíveis é um grande desafio mundial. Os preços das casas e das construções estão subindo, e isso cria um grande desafio para boa parte da população, de conseguir pagar acomodações nas cidades. É claro para nós que a construção precisa evoluir para métodos mais rápidos, que são muito mais eficientes. Muitas companhias estão entendendo que o futuro está na modularidade. Existem muitos tipos de abordagens de construção modular que são interessantes. Modularidade pode trazer muitas melhorias em automação de construção. O que Henry Ford percebeu há 125 anos era que o único jeito de trazer carros para o público em massa era com automação. Precisamos fazer o mesmo com casas. Estamos tentando já há muitos anos, mas acho que agora há quantidade suficiente de recursos de fabricação e avanços tecnológicos para acelerar esses esforços. Muitas empresas ao redor do mundo estão trabalhando nisso. Em particular, o conceito da SuperNature, que irei apresentar na terça-feira, olha para o jeito mais eficiente de criar automação de construção, que é através da circularidade das comunidades, em vez da lógica da linha reta. A abordagem retilínea é muito boa para linha de montagem, onde você produz algo que começa em um ponto e termina no outro. Mas quando estamos falando de construção, circularidade é mais fácil. Comunidades que são inspiradas em agregações de células são muito mais lógicas, e isso é grande parte do que a SuperNature está trabalhando.
Qual tipo de imóvel, design e construção não tem mais espaço nas cidades do futuro?
Eu tenho uma forte opinião sobre arranha-céus. Eu não acredito que possamos viver em alturas tão distantes do chão. Eu acho que arranha-céus são, claro, as soluções mais fáceis para grandes densidades de moradores. Um prédio de 100 andares dobra o tamanho de moradores de um prédio de 50 andares. Mas tem um ponto que, na minha opinião, é pouco saudável viver em lugares tão altos. Quando você for ver a apresentação sobre a SuperNature, você entende que queremos encorajar municípios e governos a parar de construir edifícios de formatos regulares, e criar comunidades. Comunidades que estejam envolvidas em lógicas circulares. Os benefícios disso são enormes para nosso bem estar, para nosso senso de comunidade. Para construir confiança, integração. E o centro da comunidade é a natureza. São parques, bosques, e tudo que usamos no centro de um ambiente natural. Eu, pessoalmente, não sou grande fã de arranha-céus. E tem outra questão. Eu sempre digo que a coisa mais sustentável a se fazer é construir marcos, prédios que a comunidade ama, respeita e quer deixar no local por muito tempo, porque é um orgulho para cidade ter a estrutura. Devemos minimizar a construção descuidada, projetos mal construídos, que já são projetados sabendo que irão durar pouco tempo. Se formos construir estruturas que não aguentarão um longo período de tempo, pelo menos que elas sejam modulares, fáceis de ser desmontadas e montadas em outro lugar. Construções antigas que requerem demolição são coisas do passado.
Qual o maior erro que a cidade pode cometer agora, comprometendo o futuro?
É muito importante que todo esse movimento de cidades inteligentes, há algumas questões. Não podemos projetar cidades pensando em transporte. Pensando, em longo prazo, em inovações tecnológicas que sabemos que há pouca expectativa de duração. Precisamos planejar cidades para todos os tipos de vida. Para nós, é algo novo entender que humanos são parte da natureza. Se não vamos pensar nossas necessidades relacionadas com tudo que for vivo, teremos mais problemas. Mais pandemias, porque o sistema imunológico não é diversificado suficiente. Teremos mais desastres naturais, porque afastamos a natureza de nossa vida. Para mim, é realmente importante planejarmos a cidade pensando na biodiversidade, e eu acho que as cidades hoje tem a habilidade de encorajar mais biodiversidade do que as cidades planejadas no passado.
Ouça também no programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha):
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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