O projeto de energia do Grupo Cobra em Rio Grande tem potencial de gerar de 4 mil a 5 mil empregos, considerando todas as fases de implementação. A estimativa foi dada à coluna pelo CEO no Brasil, Jaime Llopis, à noite passada, enquanto comemorava a liberação de licenças ambientais para o empreendimento. Conforme antecipou a coluna, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) emitiu na tarde desta segunda-feira (14) a licença prévia para a Regas, o terminal de regaseificação, e também a licença de instalação que autoriza a construção da usina termelétrica (UTE). O píer e a linha de transmissão já estão com suas licenças prévias. O complexo todo terá um investimento de R$ 6 bilhões.
- O mais importante é a movimentação econômica que este projeto deixará. O efeito multiplicador será o seu maior legado - enfatizou o executivo, que nasceu em Valência, na Espanha, fala português com sotaque.
A liberação das licenças era o passo mais esperado para a concretização do empreendimento, esperado desde 2008. Agora, porém, é preciso um acerto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para transferir o projeto da antiga empresa que comandava a proposta, a Bolognesi, para o Grupo Cobra, a empresa espanhola que assumiu o empreendimento e conduziu todo o novo processo de licenciamento com a Fepam. Pela demora da companhia anterior, a Aneel chegou a tirar a outorga para a geração de energia, mas uma decisão judicial suspendeu a medida para que o Cobra desse andamento ao licenciamento.
- Estou bem confiante, sim. Esse projeto é tão importante e tão bom para tantas coisas que não podemos não confiar de que colocaremos ele de pé. Ele merece o esforço de todo mundo - continuou o executivo.
Questionado sobre o início das obras, o CEO lembra que licenças trazem vários condicionantes e que, agora, há uma lógica empresarial tradicional para andamentos que são dados após o "ok" dos órgãos ambientais. Os primeiros passos são os projetos de engenharia e o preparo do terreno para as obras.
- Queremos mostrar para todo o mundo o nosso comprometimento em acelerar os prazos, mas cada coisa acontecerá no tempo certo.
Com os prazos todos correndo dentro do estimado, a expectativa é de que a usina possa começar a operar comercialmente em 2024. O empreendimento de Rio Grande não é o primeiro empreendimento do Grupo Cobra no Rio Grande do Sul. A empresa espanhola assumiu a construção de linhas de transmissão e de subestações de energia perdida pela Eletrosul por atraso e leiloadas novamente pela Aneel. Portanto, a companhia já tem investimentos bilionários no Estado, além de ter gerado centenas de empregos.
Ouça a entrevista de Llopis ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha:
E também do prefeito de Rio Grande, Fábio Branco:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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