Mesmo no comando de uma gigante mundial da informática, o presidente da IBM, Arvind Krishna, defendeu interação física na sua participação na 112ª NRF, feira de varejo aqui em Noa York. Primeiro, disse que a loja não vai desaparecer, que o varejo representa 31% do PIB dos Estados Unidos e que as pessoas querem comprar nele. Mas sabe que a transformação digital foi enorme na pandemia.
- Foram 10 anos em dois, e, como vai ficar, saberemos em uns seis meses.
O executivo destacou que as empresas investiram para acelerar o processo, não tiveram a reação esperada, que seria a de cortar esses gastos.
- As companhias projetaram demanda, como fazer com a cadeia de suprimentos. Uma empresa de bebidas quis automatizar as vendas, um varejo foi atrás de vendas na calçada, buscaram a inteligência artificial. A tecnologia traz competitividade se você comprar o projeto correto. Se não fizer isso ou demorar, será oneroso.
O presidente da IBM citou uma mudança que vem sendo discutida também na indústria, que é passar da preparação “just in time” (reação rápida) para o “just in case” (no caso de).
- Com isso, uma visão de longo prazo é importante – e a tecnologia pode ajudar. Isso inclui ser capaz de extrair qual será a demanda real e se a cadeia de suprimentos correta está pronta para impulsionar o atendimento para reagir, mesmo que a demanda continue mudando.
Há poucos dias, o IBM Institute for Business Value e a NRF divulgaram um estudo de consumo que confirmou a necessidade de os varejistas se tornarem mais ágeis na integração de experiências digitais e na loja. Mais de 70% dos entrevistados usam a loja como todo ou parte de seu principal método de compra, e 27% dizem que as compras híbridas – misturando canais físicos e digitais – são seu método de escolha (36% entre a Geração Z).
- Em vez de o cliente ser leal à loja, houve uma mudança para saber se a loja é leal ao cliente, criando uma experiência que o cliente gosta. Quando você entra, toda a sua perspectiva é: "Estou sendo bem tratado?”
O mesmo estudo da IBM descobriu que 62% dos entrevistados estariam dispostos a mudar seus hábitos de compra para reduzir o impacto ambiental, contra 57% de dois anos antes. Além disso, metade dos entrevistados afirma estar disposta a pagar um "prêmio pela sustentabilidade", um prêmio médio de 70%. Isso é o dobro do prêmio de 2020.
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* A coluna Acerto de Contas, do Grupo RBS, está em Nova York para cobrir a 112a. NRF, feira anual de varejo, a convite de Sindilojas Porto Alegre e CDL Porto Alegre. Participa do grupo FFX Experience.