O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Grandes empresas estão com olhar cada vez mais atento para o metaverso, um universo digital com internet imersiva onde, no futuro, será possível interagir e realizar atividades como trabalhar e passear. Recentemente a coluna esteve na centenária feira de varejo NRF e ouviu muitos relatos de marcas que estão trabalhando para entrar nesse mundo virtual. Já trouxemos aqui detalhes sobre o que é o metaverso e como criar um avatar para a tecnologia. Muitos leitores perguntaram, também, como é possível acessar o metaverso hoje.
Atualmente, não existe uma tecnologia que envolva o conceito do metaverso no seu modo mais amplo: um espaço interligado, conectando plataformas distintas em um único universo, que mescla o virtual e o real. Mas já há como testar como seria a experiência utilizando, principalmente, jogos de vídeo-game online que simulam um ambiente em metaverso.
— O Roblox, por exemplo, é uma plataforma que tu tem vários jogos e, ali dentro, tu interage com outros jogadores de outros lugares. Já pode ser considerado um ambiente de metaverso — explicou à coluna Gustavo Schifino, diretor de transformação digital na 4all e estudioso do tema.
No Roblox, usuários podem tanto jogar quanto criar seus próprios jogos e mundos virtuais de maneira online, interagindo com outros jogadores conectados. No catálogo, os usuários encontram milhões de games, todos criados pela própria comunidade. O espaço já funciona, também, como oportunidade para empresas. A Nike criou um mundo dentro do Roblox: o Nikeland, que permite aos jogadores equipar seus avatares com produtos da Nike em sua versão digital e interagir em jogos esportivos gratuitos.
— O ambiente do metaverso do Roblox é, realmente, muito expressivo. Quem tem criança em casa está percebendo que elas valorizam mais um presente digital, ganhar créditos para ser usado dentro dessas realidades virtuais, do que para comprar uma roupa — fala Schifino.
Outros jogos já apresentam experiências parecidas, como o Fortnite e o Minecraft. Uma plataforma chamada Decentraland também tem chamado atenção. Trata-se de um mundo virtual aberto no qual seus usuários podem operar como fazem no mundo físico. Isso significa que eles são capazes de socializar, explorar e comercializar no referido mundo virtual. Assim, é possível, por exemplo, vender ou comprar terrenos e produzir itens para serem comercializados, em NFTs.
Mas o que é NFT? A tradução é "Token não-fungível". É um tókem que registra a propriedade de itens virtuais usando a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas, como o bitcoin. Se você fizer comprar um terreno no Decentraland como NFT, por exemplo, você passa a ter controle sobre ele e pode usá-lo e capitalizar em cima dele.
Outros projetos devem surgir em breve. Dono do Instagram e do WhatsApp, o Facebook, por exemplo, mudou já seu nome para Meta e está criando um mundo virtual. Nos Estados Unidos e no Canadá, já lançou o Horizon Worlds, que permite a criação de mundos virtuais para interação entre usuários. A Microsoft também anunciou avatares no Teams, plataforma que tem sido muito usada pelas empresas durante a pandemia.
Apesar dessas experiências, a grande proposta do Metaverso é interligar tudo isso em um grande universo digital. Esse é um próximo desafio para quem quer alavancar a tecnologia. Também aumenta o desenvolvimento de dispositivos para usar o metaverso. O mais básico é uma tela, mas há também óculos e fones especiais, e estudam desenvolver ferramentas como luvas com resposta tátil.
Você sabe de outra plataforma que permite simular o metaverso? Escreva para a coluna. Os e-mails são daniel.giussani@zerohora.com.br e giane.guerra@rdgaucha.com.br.
Sobre o metaverso, leia também: O que é metaverso e mais cinco dúvidas sobre este universo virtual
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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