Quando a pandemia estará perto de acabar? Quando o entrave no fornecimento de insumos será resolvido? O quão alta a inflação irá ficar? E quanto isso irá durar? São as quatro perguntas que precisariam ser respondidas, segundo o economista-chefe da National Retail Federation (NRF - Federação Nacional de Varejo), Jack Kleinhenz. Perceba que, como a coluna já havia comentado, os desafios da economia dos Estados Unidos lembram bastante os do Brasil. Claro que os países têm suas peculiaridades e a população não sente os problemas na mesma intensidade.
- A inflação, que foi impulsionada pela escassez de mercadorias quando a covid-19 fechou fábricas e enroscou as cadeias de suprimentos, enquanto o estímulo do governo alimentou os gastos do consumidor, deve continuar em 2022, mas deve desacelerar - projeta ele.
A inflação dos Estados Unidos foi de 7% em 2021, a maior em 40 anos. No Brasil, foi de 10,06%, a maior desde 2015.
Há uma preocupação com a inflação gerada pelo aumento dos salários. Os trabalhadores norte-americanos, vendo os preços subirem, exigirão remuneração maior. Isso retroalimenta o sistema, pois força as empresas a elevarem preços.
A partir de maio, o Federal Reserve (banco central norte-americano) deve começar a ele var o juro, incentivando as pessoas a economizarem dinheiro. Isso esfria a inflação, mas trava a economia que tenta se recuperar, mesmo que a norte-americana não tenha sofrido tanto assim. Em Nova York, as ruas estão vazias, assim como as lojas, quando a coluna compara o movimento que presenciava nas outras três coberturas que fez da NRF, feira de varejo que acontece há 112 anos. Enquanto isso, os indicadores apontam para a disparada do e-commerce, o que, aliás, superlota de navios os portos dos Estados Unidos.
Clique aqui para ler tudo da cobertura: NRF
* A coluna Acerto de Contas, do Grupo RBS, está em Nova York para cobrir a 112a. NRF, feira anual de varejo, a convite de Sindilojas Porto Alegre e CDL Porto Alegre. Participa do grupo FFX Eperience.