A inflação para o consumidor de Porto Alegre fechou 2021 em 11,26%. A medição é feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os indicadores têm apontado a primeira inflação de dois dígitos desde 2015, o que deve se confirmar também quando o IBGE divulgar o IPCA nacional no próximo dia 11.
A coluna solicitou à FGV quais foram os itens que mais pesaram para alta e para queda do indicador. Geralmente, eles estão entre aquelas que com variações mais fortes de preços, mas não necessariamente. Um produto que subiu menos pode ter peso maior no cálculo da inflação porque as famílias gastam mais do orçamento com ele.
Itens que mais pesaram para a alta da inflação (com a alta de preços acumulada no ano):
1 - Gasolina: +54,11% (alta do petróleo, do dólar e do etanol influenciaram)
2 - Conta de luz: +31,89% (crise hídrica e alta do IGP-M)
3 - Taxa de água e esgoto: +24,27%
4 - Automóvel novo: +14,89%
5 - Gás de cozinha: +38,26%
6 - Refeições em bares e restaurantes: +8,94%
7 - Condomínio residencial: +13,57%
8 - Passagem aérea: +24,09%
9 - Plano e seguro de saúde: +4,72%
10 - Frango em pedaços: +21,08%
Itens com queda de preço que mais seguraram a inflação para evitar uma alta maior:
1 - Batata-inglesa: -18,92% (boa safra)
2 - Maçã: - 21,86% (boa safra)
3 - Arroz: -8,81%
4 - Mensalidade de internet: -5,34%
5 - Blusa feminina: -4,15%
6 - Perfume: -2,14%
7 - Aparelho celular: -1,68%
8 - Leite longa vida: -1,07%
9 - Fogão: -5,40%
10 - Exames radiológicos e diagnósticos por imagem: -4,04%
A inflação deve dar trégua só no segundo semestre de 2022, projeta o coordenador dos índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. Até lá, tem os tradicionais aumentos de início do ano, como mensalidades e impostos. Refletem a alta de 2021 em uma economia indexada, onde a inflação se retroalimenta, como o reajuste de 10,16% do salário mínimo.
- Não que o percentual seja grande coisa. Só defende o salário, mas tem impacto na economia. Você está colocando a inflação de um ano no outro.
Para 2022, se projeta inflação de 5% ao consumidor. Os preços não vão cair, mas, sim, subir menos. No Gaúcha Atualidade, Braz projetou o comportamento dos preços que mais impactam o brasileiro: Gasolina, gás, luz e comida: como devem ficar os preços em 2022
Aproveite para ouvir a entrevista:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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