Além de ter a média do litro do etanol mais alta do país, o Rio Grande do Sul é o único Estado com o combustível custando mais de R$ 6. Segundo a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio está em R$ 6,46. A variação entre o mínimo (R$ 5,14) e o máximo (R$ 7,39) é grande, aliás.
Com este patamar de médias, não vale usar etanol no carro. Ele se aproxima do preço da gasolina, que está com uma média de R$ 6,84. Para valer, deveria custar menos de 70% (alguns especialistas falam em 80%) porque ele rende menos no motor do carro.
O etanol deixou de ser alvo de políticas públicas quando o Brasil descobriu o pré-sal. Desde então, o preço passou a subir, e o carro flex passou a usar praticamente só gasolina. Agora em 2021, em especial, o preço do etanol disparou porque teve quebra de safra de cana-de-açúcar e porque a alta da gasolina abre espaço para mais elevação.
O Rio Grande do Sul produz pouquíssimo etanol. Então, ainda tem o custo logístico para trazer o combustível do Sudeste. O preço alto para cálculo e uma alíquota de 30% de ICMS aplicada sobre ele também fazem com que o etanol tenham uma carga tributária de R$ 2,12, o valor mais alto do país.
E, para fechar, a alta do etanol hidratado, usado nos carros, também sinaliza elevação do etanol anidro, que é adicionado à gasolina obrigatoriamente por lei. Por isso, ele também tem sido um dos motivos de aumento daquele que é o principal combustível usado nos carros. Sobre o assunto, leia também: O preço cairia se o etanol fosse retirado da mistura da gasolina?
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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