Ficou interessado em como quadruplicar a sua dívida? Sim, claro, o título desta coluna contém - muita - ironia. Mas o objetivo é chamar a atenção para o que está acontecendo no rotativo do cartão de crédito. Além de ser o juro mais alto do mercado para consumidores, é o que mais está subindo.
Todas as taxas estão em elevação. Essencialmente, elas acompanham o aumento da Selic, que é a referência de juro no país e está sendo elevada pelo Banco Central para conter a inflação. Só que o juro do rotativo está subindo com bem mais intensidade, mais até do que o do cheque especial, que tem o segundo juro mais caro. Ambos são nada mais do que empréstimos pré-aprovados pelo banco. Pela sua facilidade de acesso e risco maior de inadimplência, são os juros mais altos.
Na média, o juro do rotativo do cartão de crédito está em 12,76% ao mês. Ao ano, isso dá 322,53%, ou seja, a dívida pode mais do que quadruplicar. Mas lembro que isso é uma média, ou seja, tem juro bem mais alto por aí, o que deixaria a sua conta atrasada ainda mais difícil de pagar.
O que fazer? Fuja como o diabo da cruz do rotativo. Você entra nele quando não consegue pagar a fatura em dia. O ideal é só assumir dívidas que conseguirá pagar, mas, no caso de um imprevisto, prefira empréstimos mais baratos, mesmo que deem mais trabalho para serem acessados. Se ainda assim não conseguir, ligue para o banco antes de a fatura vencer e avise que não conseguirá pagar, peça ou faça uma proposta, negocie um juro menor.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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