As vendas de Dia dos Pais devem movimentar R$ 459,7 milhões no Rio Grande do Sul, o quarto maior valor do país. O recorte estadual da pesquisa foi enviado à coluna pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No Brasil, a estimativa é de que o faturamento chegue a R$ 6,03 bilhões, uma alta de 13,9% em relação ao ano passado.
Todas as Unidades da Federação deverão registrar avanços reais em relação a 2020, ou seja, acima da inflação. Os destaques da pesquisa são Paraná (+15%), Rio Grande do Sul (+14,4%), Distrito Federal (+14,3%) e Santa Catarina (+12,5%). No ano passado, nesta época, estavam começando flexibilizações após um período de fortes restrições da pandemia ao comércio. Muitos locais, incluindo Porto Alegre, tiveram autorização de funcionamento dias antes da data, uma das mais importantes em vendas para o varejo.
Aqui no Estado, foram registradas temperaturas ainda mais baixas do que no restante do país, e o frio costuma estimular o consumo. Geralmente, se destacam roupas e calçados de maior valor agregado; e eletrodomésticos voltados ao conforto do lar.
- A desaceleração da covid-19 a partir de abril devolveu parte do fluxo de consumidores perdido ao longo de toda a crise sanitária. Embora a circulação de consumidores no comércio ainda não tenha se normalizado, especialmente nos shopping centers, a movimentação de clientes vem aumentando desde o arrefecimento da segunda onda - comenta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Pelos dados nacionais, a cesta de bens e serviços relacionados ao Dia dos Pais está, em média, 7,8% mais cara do que no ano passado. Dos 13 itens analisados, apenas dois ficaram mais baratos do que há um ano: livros (-1,7%) e aparelhos de som (-1,1%). Por outro lado, televisores (+22,3%), bebidas alcoólicas (+11,8%) e perfumes (+10,5%) tendem a apresentar as altas de preços mais expressivas.
Capital Gaúcha
Na capital gaúcha, as vendas de Dia dos Pais devem movimentar R$ 145 milhões, estima o Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas POA). O número é 13% superior à previsão do ano passado. Presidente da entidade, Paulo Roberto Kruse chamou a atenção da coluna para a perda de espaço da internet como preferência de canal para compra, citada 12% dos entrevistados, contra 42,9% do ano passado. Lojas de rua (54%) e de shopping (46%) retomaram o espaço entre os consumidores.
- Vender pela internet ainda sai bastante caro para os pequenos empresários. Mas vários estão usando os canais digitais para chamar o cliente para a loja - diz ele.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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