No dia 1º de setembro, entra em vigor uma nova norma para seguros de automóveis, alterando critérios e regras. O maior efeito prático é que o seguro poderá ser mais personalizado dependendo da vontade e da capacidade de pagamento dos donos dos carros. Um exemplo é a flexibilidade de contratar cobertura contra acidentes, mas não contra roubo e furto.
Entre as mudanças implementadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), está a possibilidade de o seguro ser contratado sem identificação exata do veículo, aumentando o acesso a motoristas de aplicativos e outros que compartilham automóveis ou usam carro alugado. Ele ficará, portanto, vinculado ao condutor e não ao veículo. A pessoa que é dona de mais de um veículo poderá fazer apenas um seguro.
Também passará a existir a possibilidade de contratar coberturas de casco abrangendo, de forma isolada ou combinada, diferentes riscos. Se a apólice do cliente cobrir ressarcimento parcial, a tendência de que o seguro fique mais barato. A ideia é aumentar a oferta de produtos e preços, já que a seguradora poderá assumir apenas parte do risco. Também não terá limite para caracterizar perda total, o que atualmente fica em mais de 75%. Isso afasta risco futuro para a seguradora de o carro dar problema apesar do conserto. Enquanto isso, ela vende o veículo avariado em leilão, por exemplo. Além disso, será possível contratar coberturas de responsabilidade civil facultativa, assistência e acidentes pessoais de passageiros vinculadas ao condutor, independentemente de quem seja o proprietário do veículo.
O seguro auto é uma das principais modalidades do país, responsável pela arrecadação de R$ 17,43 bilhões em prêmios no primeiro semestre de 2021. No entanto, apenas 16% da frota de veículos no Brasil tinha cobertura de seguros em 2019. O seguro é um gasto de manutenção alto, fazendo com que muitos motoristas prefiram mesmo contar com a sorte. Já existe, desde 2019, o seguro liga e desliga, no qual o cliente pode suspender coberturas e assistências quando quiser. Também existe uma opção na qual o valor é calculado por quilômetro rodado, com um preço fixo e mais uma quantia vinculada ao uso do veículo.
Com as mudanças, a ideia da Susep é ter opções de valores menores fazendo com que mais pessoas contratem seguro para o carro. Contratando parte da opção inteira, claro que a tendência é ficar mais barato mesmo. No entanto, não há garantia - e nem projeção - de que o seguro completo tenha redução de preço. O motorista, porém, terá que ser mais observador na hora de escolher as opções. Jorge Kath, da Bika Corretora de Seguros, alertou a coluna para as mudanças que estavam por vir e observa:
- Haverá, por exemplo, a possibilidade de escolher que o veículo seja levado para a concessionária autorizada ou para uma oficina. Ou ainda, terá peças usadas na reposição ou novas do fabricante. Vejo que haverá opções mais baratas, sim, mas o cliente terá que se informar ou ser informado pelo corretor sobre elas.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe:
Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Francine Silva (francine.silva@rdgaucha.com.br)
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